Décadas depois, o mito de Elvis Aaron Presley ainda se recusa a desaparecer. Milhares de pessoas se reúnem nesta semana em Memphis, onde o rei do rock se tornou uma lenda, para lembrar o ídolo, cuja morte completa 40 anos nesta quarta-feira, 16. A cidade, na qual Elvis construiu a mansão de Graceland, comemora todos os anos a “Semana Elvis”, uma enorme festa que reúne os admiradores do músico próximo ao dia 16 de agosto.
Os visitantes, muitos deles caracterizados com o topete e as extravagantes roupas de Elvis, aproveitam uma programação preparada especialmente para os fãs, que inclui shows, leilões de objetos do artista e o concurso de imitadores. O ponto alto é a vigília na qual os fãs se reúnem para passar a noite, entre velas e lembranças, até o nascer do sol em 16 de agosto.
O menino carismático e talentoso que dançava de um jeito inusitado para os anos 1950 era de uma família pobre de Tupelo, no Mississipi. Elvis Presley morreu aos 42 anos de arritmia cardíaca, agravada pelo consumo excessivo de remédios. Separado, solitário, obeso, sofria de uma compulsão por comida no fim da vida. Quatro décadas depois da morte de Elvis Presley, o rei do rock n’roll ainda sustenta o recorde de artista solo com mais discos vendidos no mundo, com a marca de mais de 1 bilhão de cópias. Foi indicado 14 vezes ao prêmio mais importante da música, o Grammy. Além de cantar, Elvis também construiu uma carreira próspera em Hollywood e estrelou 33 filmes.
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Os fãs de Elvis Presley ainda encontram o sanduíche preferido do rei do rock n’roll em um restaurante nos arredores de Denver, no Colorado. O lendário Fool’s Gold Loaf, conhecido no Brasil como sanduíche do Elvis, leva manteiga de amendoim, bacon e geleia. O prato vem acompanhado com batatas fritas e é vendido a US$ 7, cerca de R$ 22. Elvis experimentou o prato pela primeira vez quando fez um show em Denver e visitou um restaurante chamado Colorado Mine Company, hoje fechado. O cozinheiro do antigo lugar, Nick Andurlakis, abriu o Nick Café, que tem fotos e lembranças de Elvis Presley em todas as paredes e o sanduíche no cardápio.
“É um sanduíche muito simples para um homem muito simples. Elvis era muito simples, realmente era”, conta Andurlakis que acredita já ter preparado mais de 7,5 milhõesde unidades. Elvis gostou tanto que, em fevereiro de 1976, pegou o avião particular e voou até o Colorado para festejar os 8 anos da filha Lisa com o sanduíche. Nick lembra que entregou pessoalmente a encomenda no aeroporto.
O rei do rock era apaixonado por comida. No livro “The Life and Cuisine of Elvis Presley” (A Vida e a Cozinha de Elvis), o autor David Adler revela as aventuras gastronômicas do astro e relata que Elvis achava o sanduíche do Colorado o melhor que tinha comido. Um frequentador assíduo do Nick Café é Robert Cantwell, um ex-policial que fez diversas vezes a segurança de Elvis. Ele acabou se tornando amigo do cantor e publicou o livro “The Elvis Presley I Knew” (O Elvis Presley que Eu Conheci, em tradução livre) com as memórias de sete anos de convivência.
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Cantwell é um dos amigos a quem o generoso cantor e ator presenteou com um Cadillac. Quando Elvis morreu, Cantwell foi até Memphis para o velório. “Eu encostei nele e peguei nas mãos de Elvis. Ele estava frio como gelo. Eu então me convenci de que ele estava realmente morto”, descreve Cantwell.
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