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Farmácias reforçam estoque com alta nos preços de medicamentos na virada do mês

Fotos: Vanessa Behling 

Mais um aumento deve pesar no bolso da população a partir do mês que vem, principalmente de quem usa medicação contínua. Mesmo que este deva ser o menor reajuste dos últimos anos, podendo variar de 2,60% a 5,06%, os consumidores vão precisar adotar estratégias para tentar economizar.

Para as farmácias e drogarias os índices de reajuste ainda não chegaram por meio dos fornecedores. Em meio a isso, uma das medidas adotadas é o reforço do estoque – prática comum em boa parte dos estabelecimentos – a fim de não repassar de forma imediata o aumento ao cliente.

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Em uma farmácia no Centro de Santa Cruz, a gerência informou que a rede permanecerá com os valores atuais até 10 de abril. Já o gerente de outro estabelecimento adiantou que o aumento dependerá de quando for realizada a reposição ou for feita a publicação do Diário Oficial da União, o que deve acontecer em meados do próximo dia de 31.

Orçamento apertado para cuidar da saúde

De acordo com Renato Manzke, sócio-proprietário de uma unidade farmacêutica, o índice de reajuste deverá ser aplicado a todos os medicamentos, desde hipertensivos a anticoncepcionais. Mas isso depende das políticas praticadas pelos laboratórios. A projeção de aumento era de um índice maior em virtude da alta do dólar, já que a matéria-prima em sua maioria é importada.

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“Mas ao que tudo indica, surpreendentemente, esse deve ser o menor percentual dos últimos anos. Mas mesmo assim acaba sendo sentido pelo cliente. Por isso, sugerimos compra em maior quantidade, parcelar no cartão ou trocar por genérico, pois sabemos que o orçamento das pessoas está cada vez mais apertado”, acrescenta Manzke.    

Alternativa encontrada por Jaci Rosa é a compra por meio do crediário na farmácia

Moradora do Bairro Santa Vitória, Jaci Pires Rosa, 85 anos, já se preocupa com o aumento que vem por aí para os medicamentos que compra mensalmente para controlar a pressão e o diabetes. “Tomo seis tipos diferentes e só dois consigo de forma gratuita. Então me assusta saber que vai ter esse aumento, pois do jeito que está com a aposentadoria só se consegue comprar comida e os remédios.” Além do gasto com a medicação, Jaci ainda lamenta que tem um gasto mensal com consulta para conseguir a receita médica. “Eu acabo comprando no crediário. Agora estou com três carnês já para pagar”, revelou,

Aumento escalonado

A projeção é de que os percentuais sejam escalonados em três faixas, a partir dos fatores regulatórios e econômicos aplicáveis e estabelecidos pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED). Os percentuais variam em 5,06% (nível 1), 3,83% (nível 2) e 2,60% (nível 3). 

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Nível 1

Categoria com maior participação de genéricos (produtos com faturamento igual ou superior a 20%) e, portanto, um teto mais alto de reajuste. Neste grupo estão enquadrados os medicamentos em mercados concorrenciais, com incidência nula do Fator X, ou seja, com repasse integral da inflação medida pelo IPCA, referente aos 12 meses acumulados entre março de 2024 e fevereiro de 2025.

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Nível 2

Grupo com participação média de genéricos (aqueles que representam entre 15% e 20% do faturamento), com um teto de reajuste intermediário. Neste patamar estão incluídos os medicamentos de mercados com concorrência moderada, incidindo um impacto de 50% de desconto do valor do Fator X em relação ao IPCA, referente aos 12 meses acumulados entre março de 2024 e fevereiro de 2025.

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Nível 3

Faixa com menor participação de genéricos (inferior a 15% do faturamento), apresentando menor concorrência de mercado e, portanto, um índice de reajuste mais baixo. Neste nível estão os medicamentos integrantes de mercados com baixa concorrência ou monopolistas, em que o desconto do Fator X em relação ao IPCA, referente aos 12 meses acumulados entre março de 2024 e fevereiro de 2025, é de 100%. 

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Entenda

A correção de preços, que influencia nas estratégias de precificação, margem de lucro e planejamento financeiro das farmácias e distribuidoras, leva em consideração o acumulado do IPCA dos últimos 12 meses (março de 2024 a fevereiro de 2025), a produtividade do setor e o ajuste de concorrência.

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