Evitar o desperdício, ajudar na economia de recursos financeiros e promover a sustentabilidade ambiental são os três pilares que sustentam o programa Farmácia Solidária. O serviço ganha cada vez mais adeptos em Santa Cruz do Sul e deverá passar a contar com uma nova estrutura.
Passados menos de três meses da inauguração, o espaço destinado à iniciativa, anexo ao prédio da Farmácia Municipal localizada na Rua Ernesto Alves, no Centro, já ficou pequeno para o grande estoque de medicamentos. Diante disso, a administração municipal planeja ampliar o ambiente para os usuários.
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A iniciativa consiste na doação de remédios, que estejam dentro do prazo de validade e em bom estado de conservação, para serem retirados pela população em geral, mediante apresentação de receita médica. Podem doar tanto pessoas físicas quanto consultórios médicos e até a indústria farmacêutica. Também é possível entregar medicamentos vencidos para que sejam descartados corretamente e não tragam prejuízos ao meio ambiente.
A ideia de implantar o programa na rede de atenção básica em Santa Cruz surgiu de uma indicação do vereador Raul Fritsch, que foi bem aceita pela prefeita Helena Hermany.
“Uma proposta fantástica, que deu muito certo. Temos remédios aqui de alto custo, que não estão disponíveis nem na Farmácia do Estado. Inclusive, estamos com depósito lateral lotado de remédios e vamos ampliar para um espaço maior, que ainda estamos avaliando”, afirmou a prefeita, que visitou o local na última sexta-feira, acompanhada de Fritsch.
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“Só tenho a agradecer à prefeita por aceitar a ideia, manter o projeto e disponibilizar uma equipe qualificada da Secretaria Municipal da Saúde para bem atender à população e disponibilizar remédios de graça para a comunidade”, destacou o vereador. Para Raul Fritsch, além da importância social, o programa também tem grande relevância ambiental.
“Medicamentos que antes venciam nas gavetas e acabavam sendo descartados de forma inapropriada, poluindo o solo e as águas, agora são recebidos aqui e têm uma destinação final sustentável para o planeta”, salientou.
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O programa já tem adeptos fixos, que verificam mensalmente a disponibilidade de remédios controlados. Paulo Schuster e a esposa Nilce Maria passaram a economizar cerca de R$ 240,00 mensais ao conseguirem retirar um medicamento de uso contínuo no Farmácia Solidária.
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Antes, eles só podiam ter acesso se o comprassem na iniciativa privada. “Estávamos gastando muito, porque é um remédio caro. Agora, quando conseguimos aqui, é um alívio”, comemora o casal.
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Segundo o coordenador da Farmácia Solidária, José Carlos Quadros, desde a inauguração, em 28 de março, milhares de comprimidos entraram e saíram do local, beneficiando sobretudo a população em vulnerabilidade social. “Com as doações vindas de diversas partes do País neste período da enchente, nossos estoques aumentaram ainda mais.”
Os mais comuns são antidiabéticos, anti-hipertensivos, antipiréticos, anticoncepcionais e remédios para dor, de modo geral. A farmacêutica responsável, Julia Willrich, enfatiza que, para a retirada da medicação, é preciso apresentar receita médica com cópia e também o cartão SUS. “Recebemos cerca de 80 pessoas por dia aqui, e o pessoal aceitou muito bem a ideia.”
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