A parceria entre a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg) propicia que agroindústrias do Estado do sudeste também comercializem seus produtos na 44ª Expointer, em Esteio. Entre as expositoras está a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Poço Fundo e Região (Coopfam). Ela agrega produtores de café que buscam uma experiência de sucesso com a agricultura orgânica.
Conforme o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e diretor de Política Agrícola e Agroindústria, Eugênio Edevino Zanetti, é importante o intercâmbio com Minas Gerais. “Temos nove agroindústrias de Minas Gerais aqui. Quando tem a Expointer, a gente viabiliza que os mineiros venham para cá e, quando eles fazem a Feira de Agricultura Familiar de Minas Gerais (Agriminas), as nossas agroindústrias do Rio Grande do Sul vão para lá”, explica.
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Marcos Vinícius Nunes, responsável pelas Políticas Agrícolas e Cooperativismo da Fetaemg, comenta que a parceria com a Fetag vem acontecendo há alguns anos. “A nossa feira, chamada Agriminas, é realizada todos os anos, mas, com a pandemia, foi suspensa por dois anos. Nossa última versão foi em 2019, quando tivemos 300 empreendimentos dentro da feira, com aproximadamente 600 expositores em cinco dias.”
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Trabalhando pela primeira vez na Expointer, Marina Araújo, que representa o setor comercial da Coopfam, diz que se sentiu bem acolhida pelos gaúchos. “O pessoal é muito animado, caloroso e gentil.” A profissional detalha que a cooperativa atua há mais de 30 anos. “O sul de Minas é muito forte na produção de cafés especiais e, desde a década de 1980, os produtores vêm se organizando para poder eliminar atravessadores e conseguir maior valorização do seu trabalho.”
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Quem passa pelo estande da Coopfam pode provar o Café Feminino. A agricultora e cooperada Maria Regina Nogueira é uma das produtoras deste tipo de café. Para ela, atuar em cooperativa auxilia na redução de custos e também nas vendas. “Ajuda muito, porque você consegue vender por um melhor preço, e, em equipe, consegue fazer compras coletivas e reduzir o custo da lavoura”, frisa.
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Ela também comenta que a geada que atingiu Minas Gerais ocasionou muitos prejuízos para os agricultores. “Além disso, tem também a questão dos preços dos insumos, que subiu demais e está dificultando os agricultores a cuidar da lavoura”, completa.
O café feminino Coopfam é resultado da união de uma proposta de mercado com a articulação do Grupo Mulheres Organizadas em Busca da Igualdade (Mobi), que eram as produtoras de café orgânico e se juntaram para ter o reconhecimento de seu trabalho na agricultura e terem o direito de cooperar. A palavra “feminino” é para dar visibilidade ao trabalho das mulheres na produção de café.
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