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Famílias acolhidas no Parque da Oktoberfest começam a voltar para casa

Com o nível da água diminuindo, famílias acolhidas no Parque da Oktoberfest puderam voltar para suas casas. Assim, a quantidade de abrigados reduziu. Na tarde desse domingo, 19, a estrutura, que chegou a receber 300 atingidos, tinha 94 pessoas. Segundo o coordenador do Departamento de Diversidade, Ruben Quintana, um dos responsáveis pela central de doações, o Município está levando os moradores e transportando os móveis e doações. Afetados pelas enchentes que não estavam nos abrigos e retornam para suas casas também recebem auxílio. “Todos os assistidos estão ganhando cestas básicas, roupa de cama, material de limpeza e roupa para poderem voltar”, afirmou.

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As doações não param de chegar a Santa Cruz. Recentemente três carretas, cada uma transportando 40 toneladas, trouxeram água, roupas, medicamentos e mantimentos em geral. Quintana reforçou a necessidade de voluntários, pois houve redução. Segundo ele, muitos estão há cerca de três semanas ajudando todos os dias. É necessário mão de obra em diversos setores, especialmente para ajudar na triagem, separação e organização de materiais doados. “Obviamente cansa e as pessoas precisam voltar às suas atividades. E graças a eles que conseguimos manter a estrutura funcionando. Então, todos os voluntários são bem-vindos”, frisou.

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Força voluntária

Pelo menos 40 voluntários atuavam no Parque da Oktoberfest na manhã desse domingo. No setor de material de limpeza estava Clarice Pereira, de 49 anos. A moradora do Mãe de Deus ajudou no espaço durante o fim de semana. Embora a sua residência não tenha sido afetada, sabe da importância do voluntariado, pois já precisou de ajuda com doações – e foi atendida. “E como me ajudaram, achei que eu também poderia contribuir”, afirmou.

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Por isso, fica feliz por dar assistência àqueles que precisam. Durante o fim de semana, precisou escutar relatos comoventes. “Muitas pessoas que chegam aqui dizem que perderam tudo.”  Junto com ela estava Rosaline Santos da Motta, 37 anos. Após escutar no rádio que precisavam de voluntários, decidiu que tinha de contribuir. “Achei que precisava sair do conforto do meu lar e ajudar quem está precisando”, afirmou. Para ela, o trabalho no centro vai muito além de entregar as doações. Acha necessário dar atenção, escutar e dar um abraço. “É sobre dar conforto nessa hora”, afirmou.

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Cansada de acompanhar a catástrofe pelo noticiário e redes sociais, a escrivã aposentada Léia Lúcia Andrade Rodrigues, 72 anos, decidiu apoiar as famílias no parque. Desde que iniciou o trabalho, passou por diversos setores, chegando cedo e saindo só no fim do dia. “Não podemos ficar em casa olhando. São muitas pessoas em necessidade”, disse.

Atualmente, monta os kits de cama e lençóis. Foi necessário muito trabalho para organizar as doações, que chegam frequentemente. Passados alguns dias, conseguiram separar os itens, facilitando o processo. Segundo Léia, parte das peças doadas está suja e rasgada. “Muitas pessoas parecem estar fazendo descarte, que não vai ajudar em nada as famílias. Mas nada está sendo jogado fora”, afirmou.

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