Familiares de vítimas e sobreviventes do incêndio na Boate Kiss realizaram um protesto silencioso no início da tarde desta quarta-feira, 8, em frente ao Foro Central I, onde estão sendo julgados os réus acusados como responsáveis pela tragédia. Eles apresentaram fotos da casa noturna após o incêndio. Pelo menos 15 pessoas participaram da manifestação.
Uma delas foi Kelen Giovana Leite Ferreira, de 28 anos, que estava na festa, em 27 de janeiro de 2013, e teve 18% do corpo queimado e a perna direita amputada. Ela prestou depoimento no primeiro dia de julgamento, sendo a segunda a ser ouvida. Nesta quarta, falou sobre a foto que segurava, que representava um momento bastante doloroso para ela. “A foto em si é chocante. Foi neste local que eu parei, virei para tirar a sandália e encostei nessa porta. Saber que ali eu e todos os outros sobreviventes poderiam ter morrido também dói bastante”, disse ela.
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Kelen revelou o momento que conseguiu sair do local. “Quando eu fui tirar a sandália para poder sair engatinhando e não pisar em ninguém, o calçado ficou preso no meu tornozelo direito, pois me arrastaram para fora, o que trancou a circulação. Saímos para nos divertir e acabou acontecendo isso tudo”.
A sobrevivente ainda comentou o depoimento de Cezar Schirmer. Ela e demais integrantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) saíram do plenário enquanto o ex-prefeito falava. “Ele nunca nos procurou, nunca se importou. Logo depois do incêndio ele andava com seguranças porque tinha medo de encarar as famílias. Não tinha como ouvirmos ele hoje.”
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