No dia em que a tragédia na boate Kiss completa três anos, a Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) irá protocolar uma denúncia sobre o caso no Sistema Interamericano de Direitos Humanos. A principal reclamação é a ausência de denúncias contra funcionários públicos municipais e um promotor de Justiça.
Os familiares alegam que fiscais e Ministério Público foram omissos na fiscalização do local, já que nunca apontaram problemas que pudessem oferecer risco aos frequentadores da Kiss. Em vistorias realizadas na boate, a prefeitura e o promotor de Justiça não viram motivos para interditar o local, embora a casa noturna não tivesse saídas de emergência, tinha as janelas trancadas e possuía espuma tóxica no teto (caso queimasse).
No documento, os familiares alegam que o Estado brasileiro é omisso pelo fato de fiscais e o promotor terem negligenciado riscos da boate. A queixa deve ser levada à Corte Interamericana de Direitos Humanos – órgão judicial com sede na Costa Rica, que analisa violações ocorridas em países ligados à Organização dos Estados Americanos (OEA).
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A tragédia na boate Kiss aconteceu em 27 de janeiro de 2013 e matou 242 pessoas. O acidente foi o maior da histório do Rio Grande do Sul.
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