Por conta da pandemia e da necessidade de distanciamento social, os encontros do Grupo Familiar NAR-Anon, indicados a pais, parentes e amigos de viciados em drogas, estão ocorrendo na forma online. Desde março, mais de 400 reuniões já foram realizadas entre os 250 grupos existentes em 21 estados. As sessões ocorrem de segunda a sexta-feira. Para participar é preciso entrar em contato com o Escritório Nacional (ENSNAR), pelo telefone (21) 99502-3239 ou e-mail [email protected], para se cadastrar e receber as instruções.
Em Santa Cruz do Sul, o Grupo Luz e Amor, que funciona no pavilhão da Comunidade São João Batista, no Centro, atualmente encontra-se com as atividades presenciais suspensas. No entanto, os integrantes convidam os familiares de dependentes químicos a buscar apoio mesmo à distância.
Mãe de um usuário de drogas, uma das integrantes – que prefere permanecer no anonimato – esclareceu a importância de buscar amparo por meio da troca de experiências. “Embora muitas pessoas se sintam fragilizadas e com vergonha de ter um dependente químico na família, a busca por ajuda é essencial e ocorre no anonimato. É o momento de desabafar, pois independentemente da situação socioeconômica e cultural destas pessoas, elas muitas vezes carregam o mesmo sentimento de angústia e tristeza” disse.
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A mulher, que participa dos encontros há pelo menos cinco anos, afirmou que as reuniões não têm o intuito de promover a cura, mas ajudam a solucionar o problema que afeta toda a família e suas relações. “Com os encontros, passamos a entender que a dependência química não é uma questão moral, nem falta de amor, é uma doença. E isso facilita a compreensão de que é inútil discutir e brigar com o dependente devido ao uso das drogas. Quando temos esta percepção, consequentemente o convívio fica melhor”, afirmou.
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