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ESTELIONATO

Família quer localizar arma levada por falsos curandeiros em Rio Pardo

Arma foi levada por falsos curandeiros

Geraram grande repercussão os casos revelados pela Gazeta do Sul sobre golpes que vêm sendo aplicados contra moradores no interior de municípios do Vale do Rio Pardo. Estelionatários se passando por falsos curandeiros ou bruxos prometem quebrar maldições e curar doenças, além de vender chás que seriam milagrosos. Com informações coletadas previamente na vizinhança, os criminosos, muitas vezes se dizendo indígenas ou ciganos, partem para o alvo e ludibriam as pessoas, geralmente de mais idade.

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Afirmam que existe uma maldição e que, por causa disso, as vítimas não conseguem progredir na vida. Para sair dessa situação, oferecem falsos trabalhos espirituais pagos. Há casos de pessoas que caíram no golpe e acabaram dando dinheiro aos criminosos. Em Monte Alverne, interior de Santa Cruz do Sul, uma idosa chegou a entregar R$ 800,00 a golpistas.

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Já em Rio Pardo, o prejuízo foi muito maior com os falsos curandeiros. Um casal acabou dando mais de R$ 20 mil a um suposto cacique e seu auxiliar, que teriam ido até a residência do homem de 74 anos e da esposa dele, de 67, na localidade de Passo D’Areia, interior do município. Mais do que isso, os rio-pardenses acabaram entregando uma arma que estava guardada na moradia. Detalhes desse caso foram revelados ontem à Gazeta pelo sargento aposentado da Brigada Militar Jurandir Jorge Pereira da Rosa, de 60 anos, que acompanha de perto os desdobramentos da ocorrência.

Na visita dos homens que dizem ser indígenas, um deles leu a mão da mulher. “Depois, pediu um prato com água e, em uma distração dela, colocou corante vermelho. Disse que era sangue e significava que a filha dela tinha sido alvo de um feitiço de magia vodu, não tinha muitos dias de vida, e o restante da família também iria morrer logo”, afirmou Jurandir. Ainda perguntou se o casal tinha arma em casa e a mulher disse que sim, o revólver do marido de 74 anos. “Aí, pediu para entregar, que ele colocaria a arma em um altar para fazer uma benzedura”, detalhou o sargento.

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Com medo de a filha morrer, a mulher deu R$ 15 mil e depois mais R$ 5,3 mil aos supostos curandeiros, além dos valores dos chás que o cacique vendeu, aos custo de R$ 700,00, totalizando R$ 21 mil em dinheiro entregue ao estelionatário. Agora, após descobrir que tudo não passava de um golpe e registrar o caso na Delegacia de Polícia de Rio Pardo, a família busca localizar o revólver calibre 38, preto, da marca Taurus, do homem de 74 anos.

Para retirar panela de ouro enterrada, falsos curandeiros pediram R$ 60 mil

Segundo o sargento Jurandir, o prejuízo aos moradores de Passo D’Areia podia ter sido ainda maior. Mesmo entregando a arma e R$ 21 mil, a mulher de 67 anos começou a pedir emprestado valores altos a parentes e vizinhos. Isso despertou a desconfiança e, posteriormente, a descoberta de que a conversa dos supostos indígenas não passava de um golpe.

“Ela disse que precisava de R$ 60 mil. O cacique pediu R$ 30 mil pelo trabalho de tirar o feitiço vodu, e os outros R$ 30 mil seriam para alugar uma retroescavadeira. Ela seria usada para retirar uma panela de ouro que, segundo os criminosos, estaria embaixo da casa e ocasionaria a suposta maldição, fazendo muito mal à família”, disse o sargento, que está aposentado há dez anos e trabalhou em municípios como Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires e Rio Pardo.

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À mulher, os estelionatários disseram que iriam retornar em alguns dias com a retroescavadeira para retirar a panela de ouro e receber o pagamento. No entanto, não voltaram mais. Informações apuradas pelo sargento Jurandir dão conta de que os criminosos estariam a bordo de uma Nissan Frontier branca, realizando delitos parecidos no interior de Santa Cruz, Venâncio Aires e Passo do Sobrado. Os casos estão sendo investigados pela Polícia Civil.

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