Em comemoração aos 170 anos da chegada do imigrante Nicolau Paulus ao Brasil, o primeiro grande encontro da família Paulus ocorrerá no dia 27 de novembro, na igreja e no salão da Comunidade Católica Santos Mártires das Missões, em Linha Santa Cruz, Santa Cruz do Sul, terra onde a história teve início no país.
A grande descendência de Nicolau Paulus e de suas duas esposas, Katharina Diellmann Paulus e Margaretha Theiss Paulus, fará um evento de Ação de Graças em memória dos antepassados, assim como por toda a grande família espalhada em seis estados do país, no Paraguai e na Argentina, além da grande integração familiar.
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Nicolau Paulus é o antecedente da grande família Paulus, cuja história no Brasil tem início em 1852, em Santa Cruz. Nicolau nasceu em Sohren, no hoje Estado da Renânia Palatinado, região conhecida como Hunsrük, no centro-oeste da Alemanha, em 1º de dezembro de 1820. A área pertence à diocese de Trier, de onde saiu grande parte dos imigrantes alemães que povoam a região.
De sua primeira esposa, com a qual veio da Alemanha (país que na época ainda integrava a Prússia), somente se tem o nome: Katharina Diellmann Paulus. Embarcou no porto de Hamburgo com Katharina e mais três filhos, João Nicolau (Johann Nikolaus), com 10 anos; João Pedro (Johann Peter), com 5 anos, e Josá (Josep), com 2 anos, em 1º de junho de 1852, com destino a Santa Cruz do Sul.
Recebeu o Lote nº 80, da Colônia então denominada Linha Santa Cruz, que na época pertencia ao município de Rio Pardo. Não foi localizado o óbito de Katharina. Em janeiro de 1856, Nicolau se casou em segundas núpcias com Margaretha (Margarida) Theiss.
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Margaretha era também imigrante e veio com seus pais da Alemanha. A mulher tinha 17 anos a menos que o esposo, tendo nascido em 1837. Desse segundo casamento, nasceram 16 filhos, divididos entre oito homens e oito mulheres.
Na virada do século 19 para 20, Santa Cruz do Sul já não mais comportava o número de moradores. As terras com queda na produção e o grande número de filhos e netos dos imigrantes desencadearam uma forte migração para novas frentes agrícolas, em diversas regiões do Rio Grande do Sul.
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Augusto Paulus, casado com Marta Kunz em Santa Cruz, em 1893, migrou entre 1899 e 1900 para o extremo Sul do então município de Soledade. O casal instalou-se na localidade de Três Pinheiros, hoje Pitingal, em Passa Sete, e é o precursor do grande ramo da Família Paulus da região.
Outros filhos também migraram no mesmo período: José Paulus, para a então Colônia de Santo Ângelo, hoje município de Agudo. Desse núcleo, pelo menos seis filhos logo migraram para Santo Ângelo e constituíram um grande núcleo da família naquela região. Outra filha, Catarina, casada com Pedro Schaffer, foi para Linha São José, em Arroio do Tigre; João Jacob, outro filho, foi para Porto Xavier; outra (Magdalena, casada com Henrique Mall) para Carazinho, para onde também migraram três netos. Netos ainda migraram para Tenente Portela e Lajeado.
A família Paulus é uma família de agricultores. É das lidas do campo que até a terceira, e em alguns casos até a quarta geração, sobreviveu e deu condições para seus filhos estudarem. Até hoje, grande parte dos descendentes estão vinculados a agricultura. Porém, a grande urbanização à qual o país foi submetido a contar da década de 60/70 levou muitos para as cidades, onde se dedicam a diversas atividades.
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Augusto e Marta tiveram 15 filhos, sete homens e oito mulheres. O casal está sepultado no cemitério da Comunidade São Miguel, no Pitingal, e está na origem da grande família Paulus da região. Gabriel Paulus, seu filho mais novo, falecido no Pitingal em 4 de junho de 2019, com 97 anos, deve ter sido o último neto do imigrante a falecer, fechando o ciclo de uma geração.
Como a maioria dos imigrantes alemães, Augusto e Martha eram agricultores. Em uma época em que muito pouco se comprava – basicamente o sal, tecido (fazenda) para tecer as roupas e algum calçado rústico, o restante era produzido na agricultura. Viviam do básico e tinham forte vivência comunitária. Tinham na religião católica a base de sua fé, sendo essa uma característica ainda forte dos descendentes. O pároco de Sobradinho, padre Gelso Bernardy, é bisneto de Augusto Paulus.
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