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Família Glanzel: a aposta no hortifruti que deu certo

Alface e rúcula macias. Tomate de qualidade, suculento e sem o uso de agrotóxicos. Pimentões de todas as cores e de todos os tamanhos. Abóboras que chegam a 35 quilos. Quem visita a propriedade da família Glanzel, em Linha Rubert, interior de Sobradinho, se encanta com a diversidade de hortaliças e o cuidado com a produção. “Tudo é muito bem preparado para que aquilo que o consumidor vai comer seja de qualidade e fresquinho”, garante Marcio. Ele, juntamente com a esposa Beti e o irmão Joceli conduzem a propriedade de 3 hectares. Ali eles plantam, além do tomate, a beterraba, pimentão, abóbora, repolho verde e roxo, brócolis, couve-flor, batata, batata-doce, rabanete, milho, feijão e mandioca. Nesta safra, a família já colheu 10 toneladas de tomate na propriedade. Com as futuras instalações de estufas deve melhorar ainda mais a produção e qualidade do fruto.

Antes de se dedicarem ao meio agrícola, Marcio era pedreiro e Beti era diarista. Residiam no Bairro Rio Branco, em Sobradinho, quando decidiram vender a casa e adquirir um lote de terras em Linha Rubert. Antes de começar a produção eles foram em busca de conhecimento. Passaram algum tempo em Caxias do Sul trabalhando no que hoje é o sustento da família. De lá trouxeram na bagagem a forma de fazer e a força de vontade, combustíveis que julgam essenciais para o sucesso.

Com uma produção em larga escala foi necessário ir em busca de mais consumidores. Primeiro vendiam de casa em casa. Foram conquistando os clientes e ganharam espaço em restaurantes e mini mercados. A demanda é tão grande que há pouco tempo abriram um espaço próprio, o Hortifruti Glanzel, na Rua General Osório, nas proximidades da prefeitura municipal, em Sobradinho. “Muita gente nos cobrava por que não passávamos mais e determinado bairro. Outros ficavam descontentes quando não íamos com certa frequência. A clientela foi se expandido e para atender essa demanda resolvemos abrir esse espaço”, conta Beti.

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Sobre as dificuldades, o casal conta que foi difícil no começo se adaptar ao meio rural, logo eles que sempre residiram mais próximos ao Centro. “Foi um processo demorado, mas a gente sempre tem o que fazer. Hoje eu não troco a minha vida aqui na roça pela cidade”, ressalta Beti. E o sorriso no rosto confirma a satisfação em residir ali. Para Marcio as dificuldades são no cuidado com as plantas. “A gente acorda cedo, sempre está na função, pois precisamos levar até a cidade o produto fresquinho todos os dias. Sempre é necessário ter alguém de olho em tudo, por isso somos em três para conseguir vencer o serviço”, explica.

As chuvas do início do ano atrapalharam a produção. De acordo com Marcio, o fruto murchou por causa da umidade acima do esperado. “Como a gente ainda não possui estufa e fica tudo ao céu aberto, a chuva que caiu danificou um pouco o tomate. Mas estamos colhendo o restante do cedo, daqui uns dois meses teremos a nova produção e com uma qualidade superior”, destaca.

O casal ainda ressalta que tudo o que é produzido não tem adição de agrotóxicos, pois trabalham com a preparação solo, principalmente com a adubação orgânica, o que garante o crescimento e qualidade.

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