Um erro de identificação levou uma família a enterrar o corpo de outra pessoa achando que era um parente, em Muçum. A falha aconteceu durante o processo de identificação das vítimas no Instituto-Geral de Perícias (IGP), em Porto Alegre. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
O IGP abriu sindicância para apurar o caso. No Rio Grande do Sul, já são 48 mortes e nove desaparecidos, segundo boletim divulgado pelo governo na manhã dessa sexta, 15. O corpo que teve a identificação incorreta é o de uma das 16 vítimas do ciclone que atingiu a cidade. A maioria foi resgatada em enchentes, no meio de lamaçal ou sob escombros de casas desabadas.
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De acordo com o instituto, o cadáver chegou às suas instalações em estado que dificultava a tomada das digitais devido ao longo tempo na água. Como houve o reconhecimento por um parente, a vítima foi liberada para sepultamento, realizado no último dia 9. Dois dias depois, o instituto identificou falhas no procedimento e realizou exumação do cadáver sobre o qual surgiu a dúvida na identidade. Um exame de DNA confirmou que o corpo não era da pessoa que havia sido liberada para o funeral.
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O Instituto-Geral de Perícias (IGP) informa que houve um erro no processo de identificação de 22 vítimas das enchentes na unidade em Porto Alegre. Após uma segunda reanálise para a confirmação dos resultados, seguindo rotinas de controle interno de qualidade, encontrou-se uma grave inconsistência no resultado de um dos laudos.
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Devido à baixa qualidade das imagens geradas na papiloscopia em uma das vítimas, o laudo de retificação não confirmou com exatidão a identidade de um corpo, pois as digitais estavam prejudicadas em função da idade da pessoa e do tempo de exposição na água. O corpo foi apresentado ao familiar e reconhecido por este no momento da liberação.
Para buscar a confirmação da identidade da vítima, então, exames complementares foram realizados, incluindo teste de DNA. Para isso, o corpo foi exumado, atendendo solicitação da autoridade policial, com a ciência de familiares.
O resultado da contraprova de DNA ficou pronto nesta quarta-feira (13/9), atestando o erro de identidade. Os familiares da vítima envolvida já foram comunicados sobre o fato.
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Tão logo ocorreu a verificação da inconsistência, uma sindicância foi instaurada pela Corregedoria do Instituto para apurar o caso. Guiado pela transparência, o IGP lamenta o ocorrido e está à disposição para elucidar os fatos.
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