O 6º Encontro da Família Beckenkamp será realizado na Comunidade Evangélica de Alto Linha Santa Cruz no próximo dia 30. O evento irá reunir visitantes de várias cidades do Rio Grande do Sul, além de descendentes que moram em outros Estados. Uma das novidades será a apresentação do brasão da família.
Além da confraternização, o encontro objetiva manter viva a memória de Johann (João) Beckenkamp e sua esposa SuZzana Elisabeth Herberts, que deram origem à família no Brasil. Clarice Beckenkamp, uma das organizadoras, ressalta que a primeira reunião aconteceu em Boa Vista (região da Picada Velha), onde o casal se estabeleceu e onde ele está enterrado. Este ano, será em Alto Linha Santa Cruz, onde fica o túmulo de Suzzana.
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Johann chegou ao Rio de Janeiro em 15 de setembro de 1849, com 21 anos. Ele veio da região do Rheno, junto com outros imigrantes trazidos pelo navio prussiano Bessel. O grupo apresentou-se a Dom Pedro II e seus ministros, solicitando permanência no Brasil. A licença foi concedida, com a recomendação de que seriam levados para a fundação da nova Colônia de Santa Cruz, na região de Rio Pardo.
Quando se apresentou às autoridades, João informou que era cocheiro (Kutscher) e foi convidado a ficar no Rio de Janeiro, para conduzir a carruagem do imperador e seus familiares. Dom Pedro, que era filho da princesa austríaca Dona Leopoldina, falava bem a língua alemã e recebeu com simpatia o novo empregado. Em pouco tempo, João aprendeu o português e foi promovido a camareiro (Kammerdiener) da Casa Real, na Quinta da Boa Vista.
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Como conhecia alemão e português, sempre que aportava um navio com imigrantes, Johann acompanhava o imperador ao cais para recebê-los. Em fevereiro de 1850, na chegada do navio Wilhelmina, ele conheceu a jovem Suzzana, de 18 anos, também destinada à Colônia de Santa Cruz. Apaixonados, os dois passaram a trocar correspondências.
Logo, o jovem pediu dispensa do seu cargo e veio para o Sul, onde encontrou Suzzana e os pais Catharina e Jakob Herberts em Rio Pardo. Lá, eles casaram em 11 de junho de 1850 e mudaram-se para a Picada Velha (Linha Santa Cruz), na região que hoje pertence ao distrito de Boa Vista.
Ele foi agricultor, produtor de vinho e tropeiro. Ela também trabalhou na lavoura e foi parteira. O casal teve dez filhos. Suzzana faleceu em 1904 e Johann em 1916. Por ser católico, não pôde ser enterrado junto com a esposa, que era evangélica. Por isso, está sepultado em Boa Vista e ela em Alto Linha Santa Cruz.
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