Faltas a consultas chegam a 70% em Santa Cruz do Sul

Um antigo problema em Santa Cruz do Sul voltou a se agravar com a pandemia. As faltas a consultas médicas marcadas com especialistas chegam a 70% no município. O número de pacientes que não desmarca as consultas e não aparece chega a 45% no Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale) e até a 70% dependendo da especialidade, no Hospital Santa Cruz (HSC).

De acordo com a secretária de Saúde de Santa Cruz, Daniela Dumke, as faltas variam conforme a especialidade, faixa etária e a localização do prestador de serviço. Além do Cisvale, são prestadores de serviços a Unidade Ambulatorial Acadêmica (UAA) do HSC, serviço de referência em Oftalmologia do HSC e serviço de referência em Otorrinolaringologia no Hospital Monte Alverne.

Enquanto no Cisvale comparecem em torno de 60% a 65% dos pacientes, na UAA do HSC, em algumas especialidades, esse número pode cair para até 30%. Na referência otorrino no Hospital Monte Alverne, que recém retornou aos serviços, já chegamos a 33%”, explica. Segundo Daniela, o índice aceitável de não comparecimentos é entre 10% e 15% do total de agendamentos.

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Todos saem perdendo
A secretária explica que a situação foi agravada pela pandemia e que, quanto mais demorado o agendamento, maior a incidência de faltas, especialmente em especialidades com demandas maiores ou dificuldades de profissionais da área. “Traumatologia, Cardiologia e Dermatologia são os maiores índices de faltas. Isso provoca aumento de filas, cria um panorama ilusório sobre a real situação do quadro de saúde do município e gera custos de deslocamento e manutenção dos serviços contratados.”

Os serviços entram em contato com os pacientes por telefone e realizam uma dupla checagem da intenção de comparecimento. “É importante que o usuário entenda que uma falta não comunicada gera transtornos não só para a gestão da Saúde, mas também para a comunidade, que acaba aguardando em fila”, relata Daniela. Ao faltar em uma consulta sem comunicação prévia, exceto por razões que justifiquem a falta, o paciente tem o nome retirado da lista de espera e, se quiser retomar o tratamento, irá para o fim da fila.

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“Apelamos para a conscientização dos usuários no sentido de ajudarem a diminuir o desperdício de tempo e dinheiro que uma falta provoca”, destaca a secretária. A Gestão Municipal de Saúde pretende desenvolver ações educativas na rede municipal de saúde para sensibilizar os usuários.

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