Após a sequência de dias frios, a procura por medicamentos para doenças respiratórias e síndromes gripais aumentou nas farmácias. As lojas, porém, encontram dificuldade na reposição e compra de diversos remédios, em especial xaropes contra a tosse, pastilhas para a garganta e antibióticos pediátricos.
A Gazeta do Sul consultou, no início desta semana, seis farmácias da área central em diferentes bairros de Santa Cruz do Sul. O composto antibiótico amoxicilina com clavulanato de potássio não foi encontrado em metade dos estabelecimentos. O remédio é usado para tratamento de doenças como sinusite, pneumonia e bronquite em crianças.
A atendente de uma farmácia no Bairro Esmeralda considera a falta do antibiótico crônica. A presença do medicamento nas gôndolas do estabelecimento é instável há, pelo menos, dois meses. Com a escassez dos fármacos em diversas drogarias, a vendedora relata que recebe telefonemas diários com pacientes à procura dos mesmos remédios.
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Compras restritas
Em outra farmácia, no Bairro Arroio Grande, o farmacêutico Marlon Zuchetto prepara uma encomenda para o fim de semana. Ele informa que as distribuidoras decidiram limitar a compra para garantir a distribuição justa de medicamentos escassos no mercado.
“As distribuidoras estão limitando a compra por CNPJ porque falta na indústria.” Zuchetto afirma que há escassez de medicamentos desde o início do ano, mas agora a carência de remédios contra síndromes respiratórias e gripais está mais expressiva. “Vários xaropes para tosse e antialérgicos estão em falta. Os chás para gripe também têm faltado muito”, acrescenta.
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A dificuldade de comprar medicamentos se reflete em muitas farmácias. No Centro, um estabelecimento está com poucos descongestionantes nasais. Faltam pastilhas para dor de garganta no Bairro Santo Antônio e remédios usados em nebulização no Bairro Ana Nery.
Como a indústria oferece mais opções para o tratamento de adultos, o problema ocorre com mais intensidade em pacientes pediátricos. A falta de antibióticos é a maior preocupação das drogarias.
“Todo dia entram pais que não conseguem comprar remédio para os filhos. Os pediatras sabem do problema e, mesmo assim, estão receitando”, critica a farmacêutica Angelita Spall.
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Grupo de trabalho
O Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul (CRF-RS) criou, no início do mês, um grupo de trabalho para buscar alternativas à dificuldade da indústria em repor os produtos. O CRF tem uma rede de farmacêuticos que repassa informações à organização. De acordo com o órgão, a escassez da oferta é resultado de obstáculos no comércio internacional. A guerra entre a Ucrânia e a Rússia desregulou os mercados. Além disso, a principal dificuldade está relacionada à carência de insumos, vindos da China e da Índia.
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