Antecipada na última semana pelo Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral do Estado do Rio Grande do Sul (Singasul), a escassez de gás ainda não atinge os consumidores de Santa Cruz do Sul. Em entrevista à Rádio Gazeta na manhã dessa terça-feira, 27, o presidente da entidade, Ronaldo Tonet, informou que a falta é pontual. “Não tem uma cidade desabastecida, mas muitas vezes o consumidor é obrigado a procurar gás em mais de um local.”
Embora revendedores locais assumam a dificuldade na compra de botijões, afirmam que isso ainda não prejudica o consumidor final. Proprietário da Ponto Gás, Fernando Cosso conta que adaptou a venda em razão do problema. “Só atendemos os clientes na cidade, estamos deixando de fora as rotas do interior.” O empresário explica que tem os pedidos atendidos de forma parcial há um mês. “A distribuidora informou que a previsão é de que o abastecimento se normalize em setembro, mas não há nada oficial.” Dono da Iser Gás, Jaime Iser comenta que o fornecimento para a empresa foi parcial no começo do mês, mas na última semana, a entrega teria sido integral. Mesmo com estoque mais baixo, garante que não alterou os preços para venda.
De acordo com Tonet, o motivo do problema ainda não teria sido esclarecido pela Petrobras ou pelas distribuidoras. “Observamos que há uma falta sistêmica de gás de cozinha para atender à totalidade da demanda nacional. Isso é gerido pela Petrobras, mas também poderia ter sido antecipado pelas distribuidoras porque elas têm liberdade de importação”, diz. “Porém, o gás importado chega mais caro que o nacional e, óbvio, ninguém vai comprar o de maior valor se pode adquirir o produto mais barato.” A Petrobras emitiu nota afirmando que o fornecimento estaria regular.
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Mais caro
Para Ronaldo Tonet, se não for resolvido imediatamente, o problema deverá impactar nos preços para os consumidores finais. Levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), divulgado ontem, mostrou que houve aumento do valor médio do botijão de 13 quilos em Santa Cruz. Na semana entre 11 e 17 de junho, o preço médio foi de R$ 59,31. Já entre 18 e 24 de junho, chegou a R$ 60,50. Entretanto, os revendedores consultados informaram que não houve reajuste no período.
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