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PREJUÍZO

Falta de energia provoca a morte de 17 mil frangos no interior de Santa Cruz

Foto: Bruno Pedry

Uma vala foi aberta na propriedade para enterrar os milhares de animais mortos pela alta temperatura na propriedade de Kreutz

A interrupção no fornecimento de energia elétrica ao longo do último domingo, 1º, provocou a morte de cerca de 17 mil frangos na propriedade do avicultor Roque Kreutz, localizada em São José da Reserva, no interior de Santa Cruz do Sul. A queda aconteceu no início da manhã e o retorno foi somente no fim da tarde, de modo que os sistemas de refrigeração e umidificação dos aviários permaneceram desligados por várias horas e os animais morreram em função do calor. O prejuízo estimado é de R$ 20 mil.

De acordo com Kreutz, a falta de energia começou por volta das 7h30. Na sequência, fez uma solicitação de atendimento junto à RGE, responsável pelo serviço. Ele possui um gerador, mas o equipamento não tem potência suficiente para alimentar os ventiladores e demais máquinas necessárias para a sobrevivência dos animais.

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“Em cada aviário há 30 ventiladores e mais os esguichos de água. É tudo automatizado. Conforme a temperatura sobe, os sistemas entram em operação”, salienta. “Para suprir a demanda é necessário um gerador maior, o meu só dá conta de ligar 12 ventiladores, seis em cada aviário, e isso é muito pouco.”

Os frangos já estavam com o desenvolvimento completo e prontos para serem transportados até o frigorífico. Explica que são pouco resistentes ao calor e morrem em cerca de 30 minutos sem o tratamento adequado. “Eu ainda consegui dar um jeito de manter eles até o fim da tarde, mas quando começam a morrer vão todos de uma vez só”, detalha.

Aviários funcionam com sistemas integrados para o controle da temperatura e da umidade. Sem energia elétrica, nada funcionou | Foto: Bruno Pedry

Kreutz atua na avicultura há 15 anos e tinha um plantel de 40 mil aves, das quais 17 mil não resistiram. O prejuízo estimado de R$ 20 mil contabiliza, além da perda dos animais, os custos com mão de obra para retirar os mortos dos aviários e a locação da máquina retroescavadeira utilizada para abrir a vala onde foram enterrados. A chegada de novos frangos demora cerca de dez dias, e são necessários mais 28 dias para que eles alcancem o estágio final de desenvolvimento antes da transferência para os frigoríficos.

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Por ser produtor integrado de uma empresa, Roque Kreutz pretende registrar um boletim de ocorrência e vai aguardar o posicionamento dos advogados para decidir qual medida será tomada. “Se não teve nenhuma catástrofe climática que pode ter afetado a rede elétrica, no meu entendimento, há responsabilidade pela interrupção de quase dez horas no fornecimento”, afirma. Além da propriedade dele, outras do entorno foram afetadas. “Eu já tinha passado por isso há alguns anos, mas naquela ocasião demorou menos para voltar e morreram só 300 frangos.”

Contatada pela reportagem, a RGE informou que recebeu a reclamação da falta de energia na localidade às 13h24 e prontamente deslocou uma equipe para atender a ocorrência, de modo que o fornecimento foi normalizado às 17h28.

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