Boa parte dos moradores do Loteamento Terra Vista em Linha João Alves convive com um problema em comum: a falta de água. A situação, que não é necessariamente nova, vem se agravando e motivando uma série de reclamações.
Nesta semana, por vários dias seguidos o abastecimento sofreu interrupções naquela região. Morador do bairro desde o ano passado, Paulo Nascimento entrou em contato com a reportagem da Gazeta do Sul para contar o que está acontecendo. Segundo ele, entre sexta-feira da semana passada, 20, e essa terça-feira, 24, as torneiras ficaram secas.
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O que já seria um transtorno acabou se agravando em razão das altas temperaturas, disse o morador. Quando a água finalmente voltou, estava muito fraca. “Nós só conseguimos fazer as funções básicas em casa porque temos uma caixa d’água, mas ela funciona apenas no banheiro. Para cozinhar, usamos o filtro porque temos uma bombona. Mesmo com vários transtornos, o problema nunca é resolvido”, conta.
Nascimento disse que tentou entrar em contato com o serviço de atendimento da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) de Santa Cruz do Sul, mas a empresa não identificou a falta de água no local. “No domingo, enviaram uma mensagem dizendo que voltaria até as 17 horas. Depois enviaram mais avisos, mas nada aconteceu. Assim foram todos os dias desde que o abastecimento parou”, relembra.
O problema é bastante recorrente, de acordo com Paulo Nascimento. “Em outros momentos faltou água, mas em períodos menores. Várias vezes, já chegamos do trabalho e estávamos sem. Não é algo de agora, já vínhamos tendo que lidar com isso.”
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Apesar dos transtornos, ele afirma que entende o período de estiagem. “Nesse momento de seca existem os avisos para não lavarmos calçadas, carros, e sei que precisamos respeitar. Mas ficar sem água para realizar tarefas básicas é algo insustentável. Se toda a cidade recebe água, todos têm o mesmo direito”, enfatiza.
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Prejuízo Econômico
Iraci Etges mora no Terra Vista há cinco meses e, por conta da falta de água, precisou trabalhar de forma improvisada. Ela possui um salão de beleza e lamenta os transtornos decorrentes das interrupções no abastecimento. “Se é possível, peço para a cliente remarcar o horário. Mas no sábado, 21, eu tive que lavar os cabelos com auxílio de uma chaleira, foi muito complicado.”
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Na terça-feira, 24, Iraci acordou de madrugada para conseguir realizar tarefas básicas da casa antes que a água terminasse novamente. “Levantei 5h30 para lavar louça e roupa, porque precisei sair depois e, se não tivesse água quando voltasse, não teria feito as funções principais.”
À Gazeta do Sul, ela mostrou um grupo no WhatsApp que possui 255 moradores do loteamento e muitos relatos diários sobre o problema. “Nós enviamos como está a situação em nossas casas, alguns até ligam para a Corsan, o pessoal está indo atrás de uma solução”, reitera.
Problema seria um “vazamento invisível”
O gerente da Corsan de Santa Cruz, Bruno Barreto, diz que está ciente da situação e que a pressão fraca da água está prejudicando o abastecimento de pontos mais altos. “Estamos com quatro equipes pesquisando na cidade e também essa região afetada. Além disso, estamos com quatro caminhões-pipa para auxílio no abastecimento da João Alves, buscando amenizar o problema”, garante.
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Segundo Barreto, os caminhões enchem os reservatórios da Corsan para que o volume da água aumente a pressão e chegue aos clientes. Ainda conforme o gerente, há um “vazamento invisível” que está sendo investigado, mas o solo da região do Bairro Belvedere e Linha João Alves é muito rochoso, o que dificulta a localização. “Difícil dizer quando teremos a normalização da pressão da água. A solução para localizar vazamentos invisíveis não é simples. Estamos trabalhando para resolver o mais rápido possível”, assegura.
Melhorias
Além das interrupções no fornecimento de água em razão da pressão nas partes mais altas, como é o caso de Linha João Alves, onde ficam diversos loteamentos residenciais, nos últimos dias também houve faltas programadas em razão de intervenções nas redes da Corsan. Nessa quarta-feira, por exemplo, moradores dos bairros Goiás, Senai e Santo Inácio passaram alguns momentos do dia sem água. Já nesta quinta-feira, a previsão é de que a situação se repita no Bom Jesus, Senai e Schulz devido à substituição de um equipamento.
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