Regional

Falcão-relógio surpreende moradores de Boa Vista

Há 48 anos, ou seja, desde que nasceu, Edson Back mora na localidade Boa Vista, interior de Santa Cruz do Sul. Quando achou que já tinha visto tudo do que a fauna regional pudesse mostrar, foi surpreendido com uma ave grande, que construiu um ninho dentro da antiga casa utilizada para a secagem do tabaco. A curiosidade não para por aí. Logo percebeu que era uma fêmea, que pôs três ovos escuros e gerou um filhote.

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Edson, Milena e Rosemeri passaram a visitar a surpreendente inquilina diariamente | Foto: Fotos: Albus Produtora/GS

Curioso sobre qual seria esse animal, solicitou informações à Secretaria do Meio Ambiente. Uma técnica da área lhe disse que é um falcão-relógio. As horas passaram e o que parecia a formação de uma “amizade” entre a família e os novos moradores virou animosidade. O instinto materno fez com que a ave passasse a atacar quem chega perto do ninho. “Perguntei qual a forma correta para remover, mas fui informado de que não pode ser retirada dali”, destaca.

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Doutor e responsável pelo Laboratório de Zoologia/Entomologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), Andreas Köhler conta que o falcão-relógio é mais encontrado na Região Norte do Rio Grande do Sul. Com característica migratória, tem sido encontrado em outras áreas, como uma consequência do aquecimento global. “Não é comum na região, mas já foi visto. Há um relato de Sobradinho, no ano passado”, acrescenta.

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Filhote é alimentado com a caça pela mãe | Foto: Albus Produtora/GS

A mãe falcão garante alimento ao filhote. Ela dá pequenas saídas, traz aves e, forte, até galinhas que consegue na vizinhança. A presença do bicho deve ser temporária, acredita Köhler, assim como esse perfil mais agressivo. “É provável que, naturalmente, saia e busque outro local, mas pode ser que volte no próximo ano”, adianta. Assim, Edson Back, a esposa Rosemeri Frantz e a filha Milena Frantz Back podem ter uma visita anual, às vezes, meio nervosa, mas que vem incrementar os sons dos pássaros percebidos na silenciosa Boa Vista.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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