Paulo Roberto Falcão deixou claro que segue magoado com o Internacional, no qual se tornou um dos maiores ídolos da história do clube, mas que o demitiu do comando do time depois de menos de um mês no cargo. O ex-jogador exibiu a sua mágoa ao comentar para a reportagem do Estado a demissão de Rogério Ceni do São Paulo, ocorrida na última segunda, quando o ídolo tricolor teve a sua saída confirmada após seis meses no posto no qual esteve bem distante de começar a ter o sucesso que o consagrou como atleta da equipe do Morumbi.
Em entrevista por telefone, concedida nesta última quarta-feira durante viagem à Itália, onde brilhou com a camisa da Roma e esteva em Milão para receber um prêmio relacionado aos feitos em sua carreira como jogador, Falcão ressaltou que a conduta da então diretoria do Inter em relação a ele, em agosto de 2016, foi muito pior do que a adotada pela direção são-paulina nesta decisão que acabou “manchando a biografia” de Ceni no clube que defendeu por mais de duas décadas como atleta
“O São Paulo teve muito mais respeito com o Rogério Ceni do que o Inter teve comigo”, afirmou Falcão, que no ano passado durou apenas 27 dias no comando da equipe colorada, na qual acumulou outras duas curtas passagens como treinador, em 1993 e 2011.
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O ex-jogador reclamou que teve um tempo curto demais para mostrar serviço no Inter em 2016, no qual esteve à frente do time em apenas cinco partidas e acumulou dois empates e três derrotas. Antes disso, ele chegou para substituir Argel Fucks, demitido também após uma sequência de seis jogos sem vitórias.
“Não exigi respeito pela minha história como jogador, pois queria ser analisado como treinador, mas eu esperava por mais respeito nas tomadas de decisão. Existe uma diferença entre o tratamento que foi dado ao Rogério pelo São Paulo e o tratamento que foi dado a mim no Inter”, disse Falcão ao Estado.
Antes de sair do Internacional pela última vez, agora pela “porta dos fundos” após outras duas passagens como técnico, Falcão fez história como jogador de uma era extremamente vitoriosa do time na década de 1970. Ele foi três vezes campeão brasileiro, com os títulos de 1975, 1976 e 1979, este último obtido de forma invicta, assim como faturou as edições de 1973, 1974, 1975, 1976 e 1978 do Campeonato Gaúcho.
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Até por isso, para muitos é considerado o maior ídolo da história do Inter, assim como acontece com Rogério no São Paulo, sendo que Falcão acredita que a demissão de Ceni não muda este status que o goleiro conquistou como jogador da equipe. “O Rogério não vai deixar de ser o maior ídolo da história da São Paulo. Não estou julgando os resultados dele como treinador, mas ele continua sendo o maior ídolo da história do São Paulo”, enfatizou.
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