Cada vez mais, o brasileiro tomou gosto pelo “dinheiro de plástico”. É raro encontrar alguém que não tenha, pelo menos, um cartão de crédito na carteira, quando dois ou até mais. Com a pandemia do coronavírus e todas as consequências dela, principalmente na área financeira – redução ou perda total de renda pessoal ou familiar -, milhões de brasileiros viram na utilização do cartão de crédito a saída fazer compras de produtos essenciais para a sobrevivência. Não demorou muito para que muitos desses usuários passassem a enfrentar um desafio repetitivo com data marcada: o vencimento da fatura. No primeiro mês, para muitas pessoas a solução foi utilizar a possibilidade do pagamento mínimo, já previsto na própria fatura. Mas, no mês seguinte, além das compras normais, a fatura vem aumentada com o juro do crédito rotativo que, em média, está em 12% ao mês. É uma bola de neve que vai se criando.
Desde 3 de abril de 2017, por determinação do Conselho Monetário Nacional (CMN), os bancos só podem permitir o pagamento mínimo uma vez; trinta dias depois, se o consumidor não conseguir pagar a fatura vencida, o banco é obrigado a oferecer uma linha de crédito que financie o saldo devedor com juros menores do que os do rotativo. Essa regra foi criada com o objetivo de reduzir os juros e evitar o superendividamento. Apesar das mudanças promovidas pelo CMN há quase cinco anos, dos alertas e recomendações de especialistas, os consumidores brasileiros ainda desconhecem o uso do rotativo do cartão de crédito como uma prática que leva ao endividamento. Muitos deles não se reconhecem como endividados. É provável que muitas pessoas entrem no parcelamento sem se dar conta disso.
Os elevados níveis de dívidas e até inadimplência (quando o consumidor não consegue pagar) mostram que esse tipo de facilidade está sendo usada de forma errada pelos consumidores. Daí o fato de o cartão de crédito ser o campeão nacional das dívidas dos brasileiros. Inutilizar o cartão ou colocá-lo no freezer para dificultar o uso não vai resolver o problema de quem está com fatura vencida ou até inadimplente. Reinaldo Domingos, criador da DSOP Instituição Financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), postou o vídeo Dívida do Cartão de Crédito, no canal Dinheiro à vista, no Youtube, no qual propõe cinco passos para superar dívidas com o cartão de crédito:
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Além de facilitar os pagamentos, inclusive em várias parcelas – o que não deixa de ser um perigo, quando somado a outras prestações – e dispensar o uso de maior quantidade dinheiro, o cartão de crédito permite maior controle sobre os gastos e melhor gestão do orçamento, proporcionando também ganhos secundários, como programas de recompensas ou milhagens. É preciso saber que o cartão de crédito:
Então, antes de usar o cartão de crédito na hora de pagar por alguma compra, é bom usar a cabeça – nisso, uma boa educação financeira pode ajudar.
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