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Conversa Sentada

Falácias

O povo brasileiro sofreu grande prejuízo quando, há anos, extirparam das disciplinas obrigatórias a Filosofia. Vamos, portanto, nos socorrer da Wikipedia para sabermos o que é uma falácia.

“O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro. Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.”

Muitos argumentos encontram-se eivados de emoções, paixões, mas não passam de sofismas.

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Terminado o julgamento de Lula, começam os raciocínios viciados. “Como é que condenaram Lula, se o Fernando Henrique fez ainda pior?” Pela prosaica razão de que estava em julgamento o processo de Lula, com seu conteúdo, e não uma mera hipótese. 

“Mas por que o processo de Lula correu tão rápido?” E daí! seria isso causa de nulidade? A celeridade é ótima para o sistema judicial. “Mas condenaram sem provas! Vários juristas o afirmam de pés juntos”! Ah é? E esses juristas são juízes do caso? Não? Ora, quem julga é o juiz competente para o processo específico. É o único caminho válido. O resto é “achismo”. 

“Os juízes do TRF4 combinaram entre si seus votos!” O que se viu foi que todos fundamentaram, com suas próprias palavras, suas decisões. Discutível seria se um ou dois se limitassem a dizer: “com o relator”. Mas não foi o que se viu e ouviu. Mas qual seria o problema se o relator, com antecedência, desse aos seus colegas ciência de seu projeto de voto? Até a imprensa internacional criticou o julgamento, vociferam fanáticos que não creem na idoneidade do nosso Judiciário. A respeito disso acredito serem frutos de ranços ideológicos.

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Conquanto seus advogados sejam cautelosos, o senhor Lula brinca com fogo, como se diz. Faz pouco das autoridades judiciárias, proclama-se o mais honesto dos brasileiros, parece não aceitar que a lei valha para ele também. Alguém precisa avisá-lo de que sua situação é grave, agora não se pode mais discutir a prova e o que o espera é o regime prisional fechado, ao menos no início.

Finalizo com uma expressão  milenar para os palpiteiros da internet: “si tacuisses, philosophus mansisses” (se te calasses, passarias por filósofo”).

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