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Faça as contas e veja se seu custo de vida baixou em 2017

Está mais barato para comer, para vestir, para morar. Está mais barato para viver.” Esse é um trecho do pronunciamento do presidente Michel Temer, feito na noite de Natal. 

Com a inflação que deve fechar o ano em 3%, percentual muito abaixo dos salgados dois dígitos de 2015 (10,67%), e o crescimento da economia estimado em 0,9% – após dois anos de queda –, o otimismo do presidente pode ser confirmado, em parte, no cotidiano dos consumidores. 

A Gazeta do Sul foi conferir os diferentes indicadores da economia local e aponta que o principal fator que interfere, de modo positivo, nos orçamentos domésticos é o custo dos alimentos, que recuou em Santa Cruz em 2017. 

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Na contramão, o gás de cozinha e a gasolina subiram muito acima dessa redução. Assim, para saber se está mais barato viver no município, é preciso sacar a calculadora e verificar toda a despesa mensal. Essa revisão de contas, segundo economistas, pode ser um bom exercício para começar a gastar menos em 2018. Então, com base nas informações a seguir, faça você as suas contas.

O que subiu em Santa Cruz

  • Gás de cozinha (de janeiro a novembro em Santa Cruz, segundo pesquisa feita pela Gazeta)
  • 41,37%
  • Gasolina (de julho a novembro em Santa Cruz, segundo pesquisa feita pela Gazeta): 20,2%
  • Mensalidades escolares (média estadual): 7,5%
  • Planos de saúde: 13,55% (teto autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar no País);
  • Medicamentos: 4,76% foi o reajuste autorizado pelo governo, aplicado no mês de abril.

O que baixou junto com os alimentos

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  • Energia elétrica teve redução de 6,43%, a partir de maio, para os consumidores da RGE Distribuidora.
  • Para compensar, nos meses de julho e setembro, houve a cobrança diferenciada pela bandeira tarifária, na cor amarela. Para cada 100 quilowatts-hora, o consumidor pagou R$ 2,00 a mais na conta nesses meses.
  • Já em maio, agosto e outubro, a bandeira vermelha incidiu sobre a tarifa, elevando em R$ 3,50 cada 100 quilowatts-hora consumidos pelas famílias.

Tira-teima

Confira se as afirmações de Michel Temer valem para Santa Cruz

Está mais barato para comer?
Sim. A pesquisa feita pelo Centro de Estudos e Pesquisas Econômicas da Unisc mostra que, de janeiro a novembro de 2017, os produtos que compõem a cesta básica tiveram redução de 5,51%. 

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Está mais barato para vestir?
Pode ser. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Santa Cruz do Sul (Sindilojas), durante o ano a média de preços das lojas manteve-se praticamente estável, sem reajustes. 

Conforme o presidente, Mauro Spode, em negociação com fornecedores houve até quem conseguisse baixar de preço em 2017. “Para elevar o movimento nas lojas, as empresas realizaram promoções de determinados produtos.” 

Segundo ele, na média geral, o comércio segurou os preços, de olho no crescimento do consumo, percebido no último quadrimestre do ano.

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Está mais barato para morar?
Para quem mora de aluguel e teve como negociar seu contrato, sim. Conforme o empresário santa-cruzense Flávio Bender, o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), responsável por reajustar os contratos, irá fechar o ano com percentual negativo. 

Na teoria, esse fator é decisivo para baixar os valores dos aluguéis. “Na prática, não existe depreciação do imóvel alugado. O que pode ocorrer são acordos, firmados entre proprietários e inquilinos, para reduzir um pouco o valor cobrado, mas isso não é regra.” 

Já quem decidiu comprar a casa própria em 2017 não encontrou facilidades. O vice-presidente regional do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado (Sinduscon-RS), Auro Schiling, explica que os empreendimentos não ficaram mais caros. Porém, também não baixaram, e ainda se tornaram menos acessíveis à compra financiada. 

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“A contratação de financiamentos está mais difícil. Há uma restrição ao crédito para o consumidor. Muitas famílias não conseguem cumprir as exigências”, ressalta. 

Está mais barato para viver?
Na média geral, não. Mesmo com a inflação acumulada durante o ano bem abaixo do percentual dos anos anteriores, o índice mostra ainda que em diferentes segmentos econômicos ocorreram reajustes em 2017.

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