O pavilhão das agroindústrias familiares da Expoagro Afubra é praticamente um evento à parte pela diversidade de opções disponíveis nos 193 estandes. Durante a feira, que encerrou neste sábado, 26, visitantes puderam encontrar delícias caseiras, como cucas, pães e bolachas, além de embutidos, queijos, sucos, geleias, mel, doce de leite, compotas, erva-mate, cachaças e peças de artesanato. A família Sobucki, de Sete de Setembro, na região Noroeste do Estado, participa há 14 anos da Expoagro.
A agroindústria Produtos Coloniais Setembrense ofereceu sucos variados, inclusive com sabores menos comuns, como butiá, pitanga e jabuticaba. A produção ainda contempla as compotas de doces, de schimier e frutas em polpa. “Somos expositores desde a época do lonão. Agora temos um ótimo espaço para vender os produtos”, ressalta Letícia Sobucki.
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Famosa por ser uma das cachaçarias mais premiadas do Brasil, a Weber Haus, de Ivoti, no Vale do Sinos, conta com a fidelidade dos clientes conquistados nas diversas feiras agropecuárias do Estado. Irio Bohn acredita em um bom resultado, após um fechamento positivo na Expodireto, em Não-Me-Toque. “São 74 anos produzindo cachaças de alta qualidade. Estamos contentes com a inclusão do sábado, quando podemos atingir um público diferente”, comenta.
Uma das maiores distâncias foi percorrida por Dulce Bueno, da cooperativa Sul Leite. De Santa Vitória do Palmar até o parque, em Rincão Del Rey, são 507 quilômetros. De acordo com ela, são 28 produtores na cooperativa existente há 22 anos. O principal produto é o doce de leite, com 35% menos açúcar. Uma novidade para este ano foi a produção de alfajores, mais comuns na região fronteiriça. A Sul Leite prepara novos sabores para a Expointer. “A produção de leite é sofrida e precisamos criar alternativas para uma melhor remuneração, ainda mais com a distância que temos por estarmos na fronteira com o Uruguai”, afirma.
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Encontro de passado e presente
A Expoagro é referência no que diz respeito à inovação. Mas o passado também é abordado na feira. No estande da agroindústria Farinha da Pedra, de Júlio de Castilhos, por exemplo, a réplica de um moinho de moer milho esteve exposta.
O produtor Saul Trevisan, de 57 anos, conta como o equipamento funciona: “O moinho de pedra serve para produção de farinha, é composto de duas pedras, uma rotativa e uma fixa. O milho passa entre as pedras, cai sobre a peneira e ela separa. É um processo muito simples”. Trevisan diz que a farinha é usada para fazer polenta, pão e empanar peixe. “É um processo muito antigo. O pessoal chega e pergunta, acha muito interessante, os mais antigos relembram o passado”, observa.
O produtor rural e fundador da Coopernatural, de Picada Café, Felipe Gehrke, 60 anos, vende sucos, cervejas e geleias, tudo orgânico. “Eu já participei da Expoagro umas cinco vezes e está muito bom o movimento, principalmente depois da pior parte da pandemia”, disse na sexta-feira.
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