Inicia nesta quinta-feira, 11, em Santa Cruz do Sul uma exposição que reúne obras de estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesto Alves de Oliveira. A mostra, no Centro de Cultura Jornalista Francisco José Frantz, a antiga Estação Férrea, terá vernissage na noite desta quinta-feira, às 19 horas, e reúne trabalhos dos alunos do Ensino Médio da instituição. A iniciativa foi coordenada pelos professores Antônio Petry, Ana Paula Greine e Cláudia Vogt. A exposição estará aberta para visitação do público até o dia 30 deste mês, de segunda a sexta-feira, das 8 horas às 11h30 e das 13h30 às 17 horas.
A mostra possui cerca de 80 trabalhos divididos em quatro temas principais: Corpo e Movimento, Máscaras Africanas, Pinturas Indígenas e Vanguardas Artísticas. As obras foram feitas para as aulas, mas diante da qualidade das peças os professores decidiram expor e valorizar o trabalho dos alunos. A exposição é realizada em parceria com a Secretaria de Cultura do Município, que cedeu o espaço.
Para a diretora da escola, Janaína Venzon, a vernissage é uma oportunidade de despertar ainda mais os estudantes para a arte. “Estivemos praticamente dois anos parados, um completamente, e neste ano estamos resgatando as atividades. Sabemos que existem tantos talentos dentro da escola, que muita vezes não conseguimos perceber”, disse.
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A professora de Literatura, Cláudia Vogt, adianta que os alunos estão com uma grande expectativa pela mostra. O seu trabalho com eles uniu arte e literatura, no estudo do período do Romantismo, e dentro dele os autores indianistas e a obra O Navio Negreiro, de Castro Alves, poema que relata a situação dos africanos escravizados e trazidos para o Brasil. “Estudamos assim em literatura os textos e poesias, e em arte as obras indígenas contemporâneas e as máscaras africanas. Cada aluno fez a sua pesquisa e uma releitura a partir disso”, explica.
Trabalhando esculturas de arame com os alunos, Antônio Petry, professor de Artes, explica que foi uma chance para eles conhecerem o que um artista sente ao criar e desenvolver uma peça. “Surgiu essa oportunidade de mostrar para eles o que é a arte em si, o artista desenvolvendo um pensamento, uma proposta inovadora e o que a gente pode trabalhar e pensar sobre isso”. Petry optou por mudar o material usado para esses trabalhos, que costuma ser a argila, por algo mais desafiador, e deixou a proposta livre para cada aluno. Cada um fotografou uma imagem em movimento e tentou captar os detalhes na peça.
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De acordo com a professora de Artes Ana Paula Greine, há uma multiplicidade de trabalhos nessa tarefa, que também coloca o aluno como protagonista. Ela desenvolveu com o Ensino Médio duas propostas, sobre o grafite e sobre vanguardas artísticas do século 20. “Cada estudante tem uma percepção, cada um tem afetos, significados e símbolos próprios. Acho que essa é uma das principais potencialidades da arte, poder fazer com que a gente dê voz aos nossos próprios pensamentos e se reconheça através da arte”, declarou.
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