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Exposição “O Fio de Ariadne” é tema de live da Fundação Iberê

Neste sábado, 11, a partir das 11 horas, a Fundação Iberê Camargo, de Porto Alegre, faz uma transmissão ao vivo no Instagram com Denise Mattar, curadora da próxima exposição, O Fio de Ariadne, prevista para inaugurar após a quarentena. O bate-papo será conduzido por Gustavo Possamai, responsável pelo acervo da fundação e cocurador da mostra. Prevista para inaugurar paralelamente à Bienal do Mercosul, no sábado, 18, a abertura da exposição foi adiada por tempo indeterminado, em colaboração às medidas de controle da propagação do novo Coronavírus.

O Fio de Ariadne reunirá cerca de 30 cerâmicas, sete tapeçarias de grandes dimensões e cartões pintados por Iberê, além de gravuras. A exposição será complementada por uma cronologia ilustrada, reunindo fotos e depoimentos de algumas das mulheres que marcaram presença na vida de Iberê. Entre elas, a esposa Maria Coussirat Camargo, a artista Djanira, as ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, as artistas Regina Silveira e Maria Tomaselli, a tapeceira Maria Angela Magalhães, a gravadora Anna Letycia, a escritora Clarice Lispector, as gravadoras Anico Herskovits e Marta Loguércio, a galerista Tina Zappoli, a produtora cultural Evelyn Ioschpe, a cantora Adriana Calcanhotto e a atriz Fernanda Montenegro.

EXPOSIÇÃO INÉDITA

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Durante as décadas de 1960 e 1970, além da intensa produção em pintura, desenho e gravura, Iberê Camargo realizou trabalhos em cerâmica e tapeçaria. Eles respondiam a uma demanda do circuito de arte, herdada da utopia modernista, que preconizava o conceito de síntese das artes; uma colaboração estreita entre arte, arquitetura e artesanato. Com assessoria técnica das ceramistas Luiza Prado e Marianita Linck, Iberê realizou, nos anos 1960, um conjunto de pinturas em porcelana, com resultados surpreendentes. Na década seguinte selecionou um conjunto de cartões, que foram transformados por Maria Angela Magalhães em impactantes tapeçarias.

Há algum tempo a Fundação Iberê Camargo vinha estudando essa faceta da produção do artista e a oportunidade de apresentá-la surgiu paralelamente à realização, pela primeira vez nas dependências da instituição, da Bienal do Mercosul. A conjuntura feminina que permeou a produção dessas tapeçarias e cerâmicas revelou grande afinidade com o conceito geral da 12ª Bienal. Convidada pelo centro cultural a desenvolver esse projeto, a curadora Denise Mattar, juntamente com Gustavo Possamai, expandiu essa percepção inicial, revelando o fio de Ariadne: a urdidura feminina que apoiou o trabalho de Iberê Camargo ao longo da história.

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