Um dos mais tradicionais ateliês da região (e mesmo do Estado), conduzido pela artista plástica Márcia Marostega, natural de Santa Rosa e há cerca de três décadas radicada em Santa Cruz do Sul, retoma na próxima semana a exibição das produções mais recentes de suas integrantes. Nesta terça-feira, 5, a partir das 19h30, na Casa das Artes Regina Simonis, ocorre o vernissage da exposição Vivências, com obras selecionadas por curadoria da própria Márcia e também da artista plástica Juliane Mai. O público em geral poderá apreciar esse conjunto a partir do dia seguinte, a quarta-feira, 6, e o acervo ficará no local até 4 de outubro, com entrada gratuita.
Como a própria Márcia comenta, foram necessários vários anos para que o ateliê pudesse retomar uma tradição que já alimentava, a de todos os anos agrupar parcela das novas produções de seus artistas em uma mostra. Ocorre que no meio do caminho impôs-se a pandemia de Covid-19, e até mesmo a regularidade dos trabalhos sofreu alteração. Passado o período mais intenso das restrições, ela finalmente reuniu novamente os alunos. O resultado desse olhar artístico pós-pandemia, por assim dizer, poderá ser conferido na Casa das Artes. Ali estarão cerca de 40 obras de 17 artistas, com as mais diversas técnicas, e sobre diferentes suportes. Há óleos, acrílico, carvão, sanguíneos, desenhos; sobre tela, tecido, papelão… Parcela deles estará à venda.
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E na sala anexa ao saguão principal, que originalmente era uma garagem, outras 40 obras de formato menor estarão à venda, com valor revertido para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Márcia menciona que ela instigou as alunas (da mostra participam somente mulheres) a resgatarem vivências desses tempos de pandemia e, a partir delas, traduzir esse olhar em arte. O grupo congrega diferentes gerações: algumas das autoras já acompanham Márcia, no ateliê, há mais de duas décadas.
Atualmente, as aulas ocorrem todas as semanas, às terças e às quartas-feiras, manhã e tarde, na Rua Carlos Maurício Werlang, 156. Artista largamente conhecida em todo o Estado, e que integrou exposições, individuais ou coletivas, inclusive fora do País, Márcia instalou o espaço próprio de aulas em 2010, mas antes esteve vinculada por outros 13 anos com o projeto Uniarte, mantido pela Unisc. Sua contribuição para as visuais na região e no Estado é de valor e importância indiscutíveis.
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