Uma pesquisa de pós-doutorado em Educação na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) proporcionou o acervo de imagens que desde essa sexta-feira, 16, compõe a exposição em cartaz na Casa das Artes Regina Simonis. “Fotos, Prosa e Verso: Artefatos de Cura e Educação” é composta por 50 fotos, em preto-e-branco, no tamanho A4, de autoria da professora Giana Diesel Sebastiany. O material ainda resultou em livro, impresso e digital, igualmente lançado no vernissage dessa sexta.
A iniciativa da exposição é da Associação Pró-Cultura, mantenedora da Casa das Artes, com apoio do Hospital Santa Cruz (em meio às comemorações dos 115 anos da instituição) e da Unisc, que por sua vez completa 30 anos, e ainda do Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado e Doutorado. O acervo ficará no local até o dia 1º de abril.
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A mostra tem participação do professor Camilo Darsie de Souza, que orientou o projeto, e de Gabriel Steindorff, responsável pela edição e preparação para a mostra e para o livro. Giana refere que o conjunto já fora exposto à comunidade de Sobradinho no final do ano passado, durante a Feira do Livro de lá. Isso porque o projeto foi desenvolvido justamente naquela cidade, que é a terra natal dela.
As fotos foram selecionadas a partir de conjunto amplo que Giana montou em visitas a famílias da cidade e do interior. A pesquisa fora desenvolvida junto a oito agentes de saúde, quatro da cidade e quatro de áreas urbanas, no âmbito da Estratégia Saúde da Família (ESF). A meta era avaliar recursos e práticas de cura que as pessoas costumam adotar de forma espontânea, ou como legado familiar, em paralelo a remédios ou medicamentos prescritos por médicos ou profissionais da saúde.
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A pesquisa durante a qual Giana Sebastiany captou as imagens que integram a mostra foi desenvolvida entre junho e dezembro do ano passado. Num primeiro momento, ela teve uma série de encontros e conversas com os oito agentes comunitários de saúde de Sobradinho que atuam em ESF naquele município. A preocupação era identificar o quanto eles percebiam o uso, ou a presença, de práticas de cura transmitidas de geração a geração nas famílias, tanto as do meio rural quanto de áreas urbanas.
“A intenção era verificar, e também registrar e recuperar o que ainda era adotado ou preservado das práticas de cura tradicionais, como chás, ervas, e mesmo a presença de benzedeiras, por exemplo”, comenta. Professora da Unisc há 25 anos, o mesmo tempo de existência do campus da instituição em Sobradinho, e doutora em Desenvolvimento Regional pela Unisc desde 2015, Giana buscou dimensionar o quanto essas práticas culturais de sua terra de origem ainda permaneciam vivas no ambiente das comunidades.
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E uma das formas de documentar o contexto, além de ouvir os agentes de saúde, era visitar famílias e captar situações do cotidiano em fotos. Quando da exibição original da mostra em Sobradinho, além das 50 fotos, foram servidos chás ao público, bem como ela selecionou e agregou versos do cancioneiro nacional que de algum modo traduziam esse conhecimento popular na área da saúde. Para completar a ambientação, em pano de fundo, uma trilha sonora da MPB, igualmente relacionada com essa temática.
O mesmo modelo foi adotado na abertura da mostra, nessa sexta-feira, em Santa Cruz, que Giana entende como atividade devolutiva, à comunidade, do projeto de pesquisa que realizou. Na próxima quarta-feira, 22, ainda haverá um bate-papo, na Casa das Artes, com os três autores da mostra.
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