Em um estudo sobre o verão, os pesquisadores descobriram que as pintas nos olhos, manchas escuras na parte colorida dos olhos (íris), são mais frequentes em pessoas com maior exposição à luz solar. “Embora não sejam malignas, as pintas podem indicar a presença ou o risco de doenças oculares desencadeadas pela luz solar”, afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares.
No estudo, publicado na revista Investigative Ophthalmology & Visual Science, mais de 600 nadadores de piscinas públicas, na Áustria, tiveram seus olhos examinados em busca de pintas, em seguida, preencheram um questionário sobre exposição solar e hábitos de proteção solar.
Os pesquisadores descobriram que o desenvolvimento das pintas nos olhos correlaciona-se com o aumento da idade, o número de queimaduras causadas pelo sol na vida e uma história de queimaduras severas resultando em bolhas. “Os resultados também mostraram que as pessoas com olhos escuros eram menos propensas a ter pintas, bem como aqueles que mantiveram melhores hábitos de proteção solar, como usar protetor solar ou encobrir os olhos com óculos de sol”, afirma a oftalmologista Meibal Junqueira, que também integra o corpo clínico do IMO.
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Uma descoberta inesperada foi o posicionamento desigual das pintas nos olhos. As pintas foram mais comumente encontradas no quadrante inferior exterior (longe do nariz) de cada olho. Os pesquisadores hipotetizaram que isso pode ser porque a sobrancelha e o nariz protegem os quadrantes superiores e internos dos olhos do sol, diminuindo a exposição e o risco de desenvolver pintas nessas regiões.
“Embora não conheçamos profundamente o papel exato da luz solar em várias doenças oculares, agora temos um biomarcador (pintas da íris) indicando altas quantidades de exposição crônica à luz solar”, diz Meibal Junqueira.
Fonte: Instituto de Moléstias Oculares
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