As exportações do Rio Grande do Sul registraram crescimento de 6% no acumulado de janeiro a novembro de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado. Alcançaram US$ 16,25 bilhões, sendo a indústria responsável por US$ 11,4 bilhões deste total, o que representa US$ 153 milhões a mais nesses 11 meses, incremento de 1,4% em relação a 2016.
“O resultado deste ano ainda é tímido e apenas devolve uma pequena parte das perdas que ocorrem para os exportadores desde 2012. O crescimento mais robusto das exportações dependerá de uma melhora expressiva na competitividade da economia brasileira”, destaca o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Gilberto Porcello Petry, acrescentando que a expectativa dos empresários é pela manutenção do aumento da demanda externa nos próximos seis meses.
Os melhores resultados do setor industrial vieram de veículos automotores, reboques e carrocerias (44,4%), químicos (15,2%) e produtos de metal (22,2%). O destaque no período foram os embarques para a Argentina, que cresceram US$ 530 milhões, especialmente por conta da compra de veículos automotores (79,7%). Outros equipamentos de transporte (-95,1%), celulose e papel (-27,3%) e máquinas e equipamentos (-7,9%) registraram as maiores perdas.
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Na comparação de novembro de 2017 com o mesmo mês do ano passado, as exportações da indústria gaúcha recuaram 26,6%, alcançando US$ 1,10 bilhão. A forte queda se deu pela contabilização, em novembro de 2016, da venda de uma plataforma de petróleo e gás no valor de US$ 388,9 milhões. Fato que não se repetiu em 2017, gerando desse modo um efeito estatístico desfavorável. Porém, mesmo se essa operação fosse desconsiderada, ainda assim o setor encerraria o mês com perdas de 1%.
Das outras 23 categorias industriais que registraram vendas para o exterior em novembro, 11 apresentaram alta, oito caíram e quatro mantiveram-se estáveis, com destaque positivo para tabaco (10,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (18,3%). Já as principais influências negativas vieram de outros equipamentos de transporte (-99,5%), celulose e papel (-71,4%) e madeira (-79,2%).
Impactadas pelo resultado da indústria, as exportações totais do Rio Grande do Sul também retraíram na comparação mensal: somaram US$ 1,43 bilhão em novembro, uma perda de 11,2% se considerado o mesmo período de 2016. A análise desagregada, porém, mostra que o grupo dos produtos básicos quebrou o recorde da série histórica para o mês ao embarcar US$ 315 milhões, ou seja, alta de 224,7% nessa base de comparação. Esse movimento se deve à elevação de 246,1% das vendas externas de soja para a China.
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IMPORTAÇÕES
As importações totais também caíram no mês. As compras externas totalizaram US$ 840 milhões, uma redução de 3,6%, determinada especialmente pela queda de 18,5% em bens intermediários em função da diminuição de 40,2% nas compras de adubos, fertilizantes e defensivos. Os demais agrupamentos cresceram: combustíveis e lubrificantes (82%), bens de consumo (27,4%) e bens de capital (9,2%).
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