Santa Cruz do Sul

Exportações de tabaco disparam com cargas represadas entre janeiro e maio

Os embarques represados no ano passado em função do desarranjo logístico mundial fizeram disparar as exportações de tabaco brasileiro nos primeiros cinco meses de 2022. Dados do SindiTabaco indicam um crescimento de 19,8% no volume comercializado para o exterior no período. Entre janeiro e maio, foram embarcadas 234,3 mil toneladas, volume bem superior à média dos últimos cinco anos (161,5 mil toneladas). Com a valorização do dólar, que registrou alta de 29% em 2020 e de 7,47% em 2021, o crescimento em valor na comparação com o ano passado foi de 38%, chegando a US$ 811,4 milhões – a média dos últimos cinco anos é de R$ 616,4 milhões.

Conforme o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, os estoques remanescentes da safra passada são a principal razão para a escalada das exportações neste primeiro semestre. Isso já acontece historicamente no primeiro trimestre de cada ano, mas aumentou este ano devido à escassez de navios e contêineres e à elevação no frete marítimo, problemas que afetaram severamente o comércio internacional desde 2020, em função da pandemia, e mais recentemente com a Guerra da Ucrânia. Apenas em maio, o volume embarcado foi 19,8% maior do que o mesmo mês de 2021. “Deixamos de embarcar um volume considerável no ano passado e tudo isso ficou para ser embarcado neste ano”, observou.

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Um dos principais destinos do tabaco nacional, a Bélgica contabilizou um acréscimo de 37% nas exportações. O país é a porta de entrada para boa parte dos mercados europeus, por meio do Porto de Antuérpia. Já a China teve uma alta ainda maior, de 68%. Os embarques para o país asiático foram fortemente afetados pelos recentes lockdowns decretados em função da nova onda de casos de Covid-19, o que restringiu a operação no Porto de Xangai entre março e maio.

Apesar do caos logístico, 93% das cargas de tabaco embarcadas saíram pelo Superporto de Rio Grande – índice superior, inclusive, à média dos últimos anos, que é de 85%. O complexo portuário é mais penalizado do que outros terminais em função da localização periférica em relação ao centro do País. O restante das cargas foi embarcado pelos portos de Santa Catarina.

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Segundo semestre

Mesmo com a disparada nos embarques nos primeiros meses, a tendência é de que este ano encerre com uma estabilização nas exportações de tabaco. Uma projeção encomendada pelo SindiTabaco em março apontou que o volume exportado deve ficar entre 2% a menos e 2% a mais do que no ano passado. Já em dólares, a previsão é de um aumento entre 6% e 10%.

Conforme Iro Schünke, a tendência é de que os problemas logísticos permaneçam ao longo do segundo semestre, quando serão intensificados os embarques de tabaco processado na atual safra. “A situação na China melhorou, mas ainda não está regularizada. E há outros portos no mundo onde os navios ainda precisam esperar vários dias para serem descarregados, o que afeta a logística em vários lugares. Então, o resultado vai depender dos embarques que as empresas conseguirão fazer no segundo semestre”, analisou.

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Os números

  • 234,3 mil toneladas foi a exportação do Brasil
  • US$ 811,4 milhões foi o valor embarcado
  • 231,5 mil toneladas foi a exportação da Região Sul
  • US$ 782,9 milhões foi o valor embarcado
    Fonte: Sinditabaco

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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