As exportações de tabaco devem apresentar neste ano um acréscimo de 2,1% a 6% no volume e de 6,1% a 10% em dólares, na comparação com 2020, quando houve o embarque de 514 mil toneladas, que totalizaram US$ 1,638 bilhão em divisas. Os dados são de pesquisa feita pela Deloitte a pedido do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco).
O presidente da entidade, Iro Schünke, apresentou as perspectivas para este ano nessa quarta-feira, 28, durante a 63ª reunião ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco. Cerca de 30 representantes do setor e de outras entidades se reuniram virtualmente.
De janeiro a março, segundo dados do Ministério da Economia, o embarque de 134 mil toneladas gerou divisas de US$ 418 milhões, receita que representa um aumento de 19% em comparação com o mesmo período de 2020. “O Brasil tem conseguido manter uma exportação anual de em torno de 500 mil toneladas. Isso demonstra uma estabilidade no mercado mundial mesmo diante do cenário de pandemia e todos os seus desdobramentos sociais e econômicos. Temos a expectativa de que o Brasil se mantenha como líder mundial de exportações de tabaco, posição ocupada desde 1993”, afirmou Schünke.
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No ano passado, o tabaco representou 0,8% do total de exportações brasileiras e 4,1% dos embarques feitos pela Região Sul. Já no Rio Grande do Sul, que concentra quase a metade da produção brasileira, ele foi responsável por 9,5% do total. Nas exportações do agronegócio brasileiro, o tabaco ocupa a oitava colocação.
O principal mercado brasileiro em 2020 foi a União Europeia, destino de 41% do tabaco exportado, seguida pelo Extremo Oriente (24%), África/ Oriente Médio (11%), América do Norte (9%), América Latina (9%) e Leste Europeu (6%).
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Entre os países, a Bélgica (com US$ 414 milhões) continua sendo o principal importador do produto, seguido da China (US$ 153 milhões) e Estados Unidos (US$ 125 milhões). Na sequência da lista dos principais clientes encontram-se a Indonésia (US$ 98 milhões), os Emirados Árabes Unidos (US$ 74 milhões), a Turquia (US$ 55 milhões) e a Rússia (com US$ 54 milhões).
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Outras questões
Iro Schünke também falou na reunião sobre a adaptação das atividades da indústria e do Instituto Crescer Legal durante a pandemia. A 9ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco e a Segunda Reunião das Partes do Protocolo para Eliminar o Comércio Ilícito de Produtos do Tabaco (MOP2) igualmente estiveram na pauta. As reformas administrativa e tributária e a aprovação de novos produtos de tabaco foram outros temas debatidos. As próximas reuniões da Câmara Setorial estão previstas para 12 de agosto e 26 de outubro.
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