Agronegócio

Exportações de tabaco chegam a US$ 723 milhões

Com um crescimento de 38,7% e um total de US$ 723,77 milhões, as exportações gaúchas de tabaco foram destaque no terceiro trimestre no Rio Grande do Sul. Os dados fazem parte do boletim Indicadores do Agronegócio do RS elaborado pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG).

O desempenho da atividade que tem em Santa Cruz do Sul e municípios vizinhos um dos maiores complexos industriais de beneficiamento reforça a importância do setor para a economia regional, especialmente neste momento em que a colheita da atual safra avança nas lavouras. Os embarques de tabaco, segundo o levantamento estadual do terceiro trimestre, tiveram como destaque o produto não manufaturado. Neste caso, as vendas atingiram o total de US$ 663,44 milhões, o equivalente a 41,4% de crescimento no período.

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A análise dos indicadores relacionados às exportações entre janeiro e setembro mais uma vez coloca o produto regional em posição de destaque. No item “fumo e seus derivados”, o levantamento aponta o maior crescimento da série histórica iniciada em iniciada em 1997, com vendas de US$ 1,78 bilhão (+27,3%).

Outro dado recente que evidencia a importância econômica do tabaco foi apresentado pela Unidade de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), com base nos resultados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Neste caso, foram levados em conta os resultados obtidos entre outubro de 2022 e outubro de 2023 na indústria de transformação. Depois do segmento de alimentos, com receita de US$ 489,1 milhões (US$ 94,2 milhões, com 23,8% de aumento), a atividade fumageira faturou US$ 215,9 milhões, o que equivale a mais US$ 44,6 milhões, ou 26% de aumento na comparação com outubro de 2022. Tanto as quantidades (+17,1%) quanto os preços médios (+7,6%) dos produtos comercializados cresceram.

Vendas do agronegócio somam US$ 4,6 bilhões

À frente do tabaco no ranking das exportações do terceiro trimestre deste ano esteve a soja. Segundo o balanço do Departamento de Economia e Estatística, o total de vendas do agronegócio atingiu US$ 4,6 bilhões, uma variação positiva de 0,1%. Conforme o documento, a maior disponibilidade da oleaginosa em grão, fruto do aumento de 35,8% na safra de 2023 em relação à anterior, manteve o desempenho positivo, mesmo com a queda de 18,4% nos preços médios. “Apesar de a produção gaúcha ter aumentado em relação à safra anterior, os movimentos nos preços internacionais seguiram na direção oposta, restringindo o potencial de crescimento proporcionado pelo aumento na disponibilidade de matéria-prima para exportação”, disse o pesquisdor Sérgio Leusin.

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Altas também foram registradas nos segmentos de máquinas e implementos agrícolas (total de US$ 131,24 milhões; 12,2%) e cereais, farinhas e preparações (total de US$ 236,52 milhões; 2,4%). Na outra ponta, os setores de produtos florestais (total de US$ 267,42 milhões; -41,6%), carnes (total de US$ 653,70 milhões; -12,9%) e couros e peleteria (total de US$ 77,82 milhões; – 13,6%) tiveram redução em valor nas exportações do período.

Oferta de empregos teve um recuo no 3º trimestre

O boletim do DEE/SPGG voltou a confirmar a queda na oferta de trabalho no agronegócio gaúcho entre julho e setembro. O saldo negativo neste indicador foi de 8.669 postos com carteira assinada. No mesmo período de 2022, o saldo foi negativo em 3.071 vagas.

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No ramo de produtos de tabaco, o saldo negativo foi de 8.557 colocações, contra menos 7.224 postos do mesmo período de 2022. O setor de abate e fabricação de carnes teve saldo negativo de 1.264 postos, enquanto no terceiro trimestre do ano passado obteve saldo positivo de 1.027 vagas.

Considerando os três segmentos que constituem o agronegócio (“antes”, “dentro” e “depois” da porteira), o segmento “dentro da porteira”, formado pelas atividades agropecuárias, foi o único com saldo positivo (mais 832 postos). O segmento “depois da porteira”, constituído especialmente pelas atividades agroindustriais, e o “antes da porteira”, relacionado aos setores dedicados ao fornecimento de insumos, máquinas e equipamentos, apresentaram resultado negativo (menos 9.286 e 215 postos, respectivamente).

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Para onde foi

A China manteve a primeira posição entre os principais destinos das exportações do agronegócio gaúcho no segundo trimestre, com 37,6% do total, seguida de União Europeia (16,6%), Estados Unidos (4,5%), Vietnã (4,0%) e Coreia do Sul (3,2%).

O saldo nos postos de trabalho

Entre janeiro e setembro, o saldo de empregos criados no agronegócio gaúcho foi de 5.840 postos. Em setembro, o número de vínculos ativos com carteira assinada no setor no Rio Grande do Sul chegou a 370.059.

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Guilherme Bica

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