Santa Cruz do Sul teve no ano passado o melhor desempenho nas exportações desde 2014. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, mesmo com a desvalorização do dólar, as vendas externas tiveram um crescimento de 67% em valor na comparação com 2021, o que é explicado, em parte, por estoques remanescentes da fase mais aguda da pandemia.
Ao todo, as receitas do município com exportações chegaram a US$ 1,2 bilhão. Desse valor, pouco mais de 90% corresponde a tabaco não manufaturado e desperdícios. O restante da pauta ainda inclui produtos derivados do fumo, como cigarros. Na lista dos itens mais exportados pelo município, em valores bem menores, aparecem também assentos, papel para cigarros, piscinas, pedras preciosas e sementes.
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Em 2021, o valor exportado havia sido de US$ 718 milhões, mas um volume grande de cargas negociadas naquele ano, segundo fontes ligadas à cadeia do tabaco, ficaram represadas em função do desarranjo logístico mundial, gerado não só pela pandemia mas também pela guerra na Ucrânia. A maior parte desses estoques acabou embarcada apenas no primeiro trimestre de 2022. Em volume, os embarques de produtos de Santa Cruz somaram 321,2 mil toneladas, um aumento de quase 40%.
Os números indicam uma estabilização das exportações no município. A queda nos embarques em 2021 fez com que Santa Cruz perdesse participação no rateio do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para este ano. Com isso, a Prefeitura deve perder em torno de R$ 20 milhões em arrecadação.
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De acordo com as estatísticas, Santa Cruz foi o 59º município do Brasil com maior valor de exportação no ano passado e o sexto do Rio Grande do Sul – atrás de Rio Grande, Passo Fundo, Porto Alegre, Triunfo e Guaíba. O ranking nacional é liderado pelo Rio de Janeiro, seguido pelos municípios de Duque de Caxias (RJ), Parauapebas (PA), Paranaguá (PR) e Canaã dos Carajás (PA).
Se consideradas as exportações de tabaco não manufaturado em geral no Brasil, o crescimento foi de 70% em valor (chegando a US$ 2,2 bilhões) e 27,1% em volume (chegando a 552 mil toneladas).
A Bélgica, que é a porta de entrada para boa parte dos países europeus, por meio do Porto de Antuérpia, manteve-se como o principal destino do fumo nacional. A maior alta, porém, se deu nas vendas para a China, que cresceram 158%. Os embarques para o país asiático foram fortemente afetados pela política de “Covid zero” adotada pelo governo chinês, que restringiu as operações portuárias em vários momentos.
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Dois países que estavam entre os 10 maiores importadores de tabaco brasileiro em 2021, Paraguai e Coreia do Sul, saíram da lista. França e Polônia entraram no lugar.
Ao todo, 24 municípios registraram exportações de tabaco em folhas no ano passado. Destes, sete ficam no Rio Grande do Sul, sete em Santa Catarina, cinco na Bahia e dois no Paraná.
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Os números, porém, mostram que Santa Cruz e Venâncio Aires concentraram mais de 90% do volume embarcado. Na sequência, em valores bem menos expressivos, aparecem municípios como Itajaí (SC), Araranguá (SC) e Rio do Sul (SC).
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