Em um jogo muito equilibrado e com duas equipes dispostas a buscar a vitória, o entrosamento e a experiência venceram a correria e a juventude, e o Corinthians derrotou o São Paulo por 2 a 1, no Pacaembu, pela quarta rodada do Campeonato Paulista. Jadson e Balbuena marcaram os gols corintianos, e o garoto Brenner descontou para o time tricolor neste sábado.
O clássico, embora tenha sido disputado apenas na quarta rodada do Estadual e em um momento em que os times ainda deveriam estar fazendo pré-temporada, serviu para mostrar a diferença das equipes em relação à organização e à disposição tática. O Corinthians organizado, com os jogadores sabendo claramente o que precisam fazer em campo. Do outro lado, o São Paulo apostou na correria de seus garotos e na bola cruzada para a área, em busca de Diego Souza.
A organização e a consciência tática corintiana ficaram evidentes nos primeiros segundos de jogo. Com pouco mais de um minuto, após bela troca de passes, Clayson passou para Rodriguinho, que tocou na medida para Jadson. O meia entrou em velocidade, sem que nenhum são-paulino o acompanhasse, e bateu com categoria na saída de Sidão. Um belo gol no Pacaembu.
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O São Paulo, assustado, decidiu apostar tudo em Marcos Guilherme e Militão, que, na velocidade, apareceram bastante pelo lado direito tricolor. Fábio Carille várias vezes gritou e deu bronca no lateral-esquerdo Juninho Capixaba. Foi em uma dessas jogadas que o empate foi alcançado, mas antes, Shaylon arriscou um raro chute de fora da área – algo que a equipe de Dorival pouco fez – e acertou a trave.
No minuto seguinte, aos 25, Militão cruzou da direita, todo mundo ficou olhando, inclusive Cássio, e o jovem Brenner, de apenas 18 anos, bateu firme e deixou tudo igual. O Corinthians não se abateu com o empate, manteve o toque de bola e a busca pelos espaços deixados pela defesa são-paulina, que foram muitos
O time alvinegro, então, usou uma de suas armas, que desde o ano passado tem sido muito útil: o cabeceio de Balbuena. Sempre que vai para a área adversária, o paraguaio é um perigo para o adversário, e neste sábado não foi diferente. Aos 32, Clayson cobrou escanteio e o capitão corintiano subiu bonito para cabecear com força que parecia de um chute. Sem chances para Sidão.
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No segundo tempo, o São Paulo tentou diminuir o ritmo de jogo e ficar mais com a bola no pé, na espera por uma brecha na defesa corintiana, que nunca aparecia. Quando conseguia recuperar a bola, o Corinthians chegava com mais facilidade, mas faltava alguém para finalizar. Kazim, de novo, nada fez além de se lamentar e brigar com a bola. No lado tricolor também faltou um goleador. Ele até estava em campo, Diego Souza, entretanto, teve uma atuação muito discreta. Algo que serviu para reforçar a necessidade da equipe de Dorival em contratar mais opções para o ataque. Por isso, a diretoria acertou com Tréllez, do Vitória, que passará por exames médicos e deve ser confirmado na segunda-feira.
O tempo ia passando e os treinadores tiveram que apostar em seus bancos de reservas. Outra grande diferença. Dorival não tinha muita coisa para fazer, além de colocar garotos. Entraram Caíque – que fez seu terceiro jogo no profissional – e Paulinho – em campo pela segunda vez -, ambos com 19 anos, nos lugares de Brenner e Shaylon. Já Carille respondeu com as entradas de Júnior Dutra, um dos destaques do Avaí no ano passado e, com 29 anos, acostumado a jogar clássicos. Depois, colocou Maycon, de apenas 20 anos, mas com a experiência de ter sido titular na maior parte da temporada passada.
Paulinho entrou bem no jogo e deu tanto trabalho no lado direito são-paulino, que Carille precisou tirar Juninho Capixaba, pois viu que seu lateral-esquerdo não estava conseguindo dar conta do recado. Apesar de todo esforço do garoto, o São Paulo não superou o equilibrado Corinthians. Festa da torcida alvinegra, ao som de “o freguês voltou”, lembrando que a equipe tem conseguido melhores resultados nas últimas partidas contra o rival tricolor.
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