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Roteiro avalia impacto do cigarro ilegal no mercado

O mercado de cigarro oriundo de contrabando e de fábricas clandestinas ou que sonegam tributos em âmbito interno é uma das principais ameaças à estabilidade da cadeia produtiva do tabaco. Estimativas dão conta de que, na atualidade, cerca de 57% do comércio desse item já é dominado por essas fontes ilícitas, que estabelecem concorrência altamente nociva à indústria nacional, geradora de empregos e pagadora de impostos.

Diante do impacto do ambiente de ilegalidade nesse segmento sobre a socioeconomia brasileira como um todo, a expedição Os Caminhos do Tabaco 2020 – Contrabando, iniciativa da Gazeta Grupo de Comunicações, a partir deste domingo vai conferir de perto, em regiões de fronteira, as ações de fiscalização e de policiamento para coibir e inibir essa competição ilegal.

A exemplo da expedição realizada entre os dias 17 e 21 de fevereiro pelos três estados da região Sul, e que visitou propriedades rurais e dimensionou a produção de tabaco nas lavouras, este segundo momento direciona-se a acompanhar a atuação de agentes de policiamento e da Receita Federal na fronteira. Neste caso, o jornalista Pedro Garcia e o fotógrafo Alencar da Rosa, da Gazeta do Sul, viajarão neste domingo até Foz do Iguaçu, no Paraná, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, ambiente que configura o principal ponto de ingresso de cigarro contrabandeado no País.

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A partir de lá, já na segunda-feira acompanharão as ações de fiscalização e de policiamento, deslocando-se inclusive para um novo espaço de entrada de produto ilegal, a fronteira do Mato Grosso do Sul. O roteiro montado por Garcia e Rosa prevê a realização de visitas, reportagens e entrevistas até terça-feira à noite, com retorno a Santa Cruz do Sul na quarta-feira.

O conteúdo a ser levantado na expedição será compartilhado em um suplemento especial acerca do impacto do contrabando sobre a socioeconomia regional, estadual e nacional, caderno que circulará na Gazeta do Sul na edição do final de semana de 15 e 16 de março.

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Esta é a segunda edição consecutiva da expedição Os Caminhos do Tabaco dedicada ao tema do contrabando, e o projeto da Gazeta é desenvolvido com o patrocínio de Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Unisc e Prefeitura de Santa Cruz do Sul, com apoio de CityCar.

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Na fronteira
O roteiro previsto pela equipe da Gazeta inclui uma visita ao recém-inaugurado Centro Integrado de Operações de Fronteira (CIOF). Idealizada pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, a estrutura tem como modelo o “Fusion Center”, dos Estados Unidos, e funciona junto ao Parque Tecnológico de Itaipu. O projeto integra órgãos como Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Agência Nacional de Inteligência (Abin) e Ministério da Defesa, dentre outros, e começou a funcionar em dezembro.

Foz do Iguaçu foi, por muito tempo, a principal porta de entrada de produtos contrabandeados do Paraguai em território brasileiro. Nos últimos anos, porém, o fluxo se deslocou fortemente para a fronteira seca de Salto del Guairá com Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul. Isso se deu justamente por conta dos investimentos na estrutura de repressão em Foz.

A equipe deve se deslocar até lá para entrevistar autoridades e verificar quais são os principais desafios no que tange ao combate ao crescente mercado ilegal de produtos de tabaco na atualidade.

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