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Expectativas são otimistas para a nova safra de milho

Depois da estiagem prolongada que castigou o Sul do Brasil no primeiro semestre deste ano, a agricultura mostra bons sinais de recuperação. A exemplo do que ocorre com outras culturas, como arroz, trigo e, especialmente, a soja, o milho também tem sido vendido por preço recorde no mercado nacional, com a saca de 60 quilos alcançando mais R$ 60,00, dependendo do local de comercialização. Na região do Vale do Rio Pardo, nas propriedades que plantaram o milho antes do tabaco, as plantas agora se encontram em fase de desenvolvimento vegetativo.

Conforme o extensionista rural da Emater/RS-Ascar de Soledade, Josemar Parise, para os produtores que plantaram “no cedo”, entre agosto e o começo de setembro, as lavouras estão se desenvolvendo normalmente, e ainda não entraram em floração, apesar da falta de chuva nas duas últimas semanas. “De maneira geral, o ideal são chuvas regulares, semanais. A última precipitação na região foi em 5 de outubro e, no momento, o quadro ainda é de normalidade. Não dá para dizer que estão ocorrendo perdas pela falta de chuva”, destaca.

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Parise explica que conforme o ciclo avança e as plantas entram nas fases de florescimento e enchimento de grãos a necessidade de água aumenta. O solo ainda possui uma umidade satisfatória; porém, é importante o retorno da chuva. O melhor cenário seria a ocorrência de precipitações semanais entre 20 e 30 milímetros.

No chamado baixo Vale do Rio Pardo, que compreende a faixa de municípios entre Candelária e Encruzilhada do Sul, a área de milho plantada deve ficar ao redor de 80 mil hectares. O período varia, com cerca de metade dos produtores plantando cedo, antes do tabaco, e a outra metade na resteva, a chamada safrinha.

Com o grão em valor recorde no mercado e previsão de que se mantenha alto pelos próximos meses, a Emater/RS-Ascar trabalha junto aos agricultores a questão do manejo correto da área de cultivo. “É importante que o solo tenha um bom perfil, boa adubação e estrutura. Um solo que permite a penetração mais profunda das raízes dá mais estabilidade à produção, que sofre menos com os efeitos das estiagens”, salienta. Sobretudo neste ano, com os preços favoráveis, os agricultores devem ter bons resultados.

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Área plantada

Apesar do preço recorde do milho, a área cultivada com o grão no baixo Vale do Rio Pardo deve ser menor do que a da última safra. A explicação está justamente na valorização de outras culturas no mercado nacional. Muitos produtores que antes plantavam o milho, seja cedo ou na safrinha, agora têm optado pela soja devido ao valor do preço da saca, que ultrapassa os R$ 150,00. Como a cultura da soja exige maior extensão de terra e maquinário apropriado para o plantio e a colheita, as lavouras são mais comuns em Encruzilhada do Sul, Pantano Grande e Rio Pardo.

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