A partir de março, o Estado deve começar a empenhar valores da dívida que mantém com Santa Cruz do Sul e com os hospitais. O pagamento ainda depende de uma decisão final da Secretaria Estadual da Fazenda acerca de uma possível suplementação de recursos para o setor. Se confirmar a previsão, os pagamentos começam a ser realizados em abril. Conforme a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, somando o que o Estado deve aos hospitais, Cisvale e Município, o montante chega a R$ 16 milhões. Somente no ano passado o prefeito Telmo Kirst autorizou uma suplementação de R$ 4,5 milhões para cobrir despesas da pasta.
O assunto esteve na pauta de uma reunião entre o secretário municipal de Saúde, Régis de Oliveira Júnior, integrantes da pasta, a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, e representantes do governo gaúcho. O encontro ocorreu na tarde desta segunda-feira, 28, em Porto Alegre.
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Outros temas discutidos foram a devolução da gestão do Cerest ao Estado, cujo pedido deve ser formalizado pela Prefeitura nos próximos dias, e a regionalização da regulação do Samu. A ideia, com essa proximidade, é melhorar o serviço, conferindo mais agilidade nos atendimentos. Para viabilizar a medida, o município vai receber uma assessora técnica do Estado para dar início ao processo. “Nossa intenção é que a gente tenha o serviço na cidade e que possamos regular tanto para a região do Vale do Rio Pardo quanto para o Vale do Taquari. Essa é uma discussão que a gente precisa levar ao Cisvale, mas o município vai formalizar seu interesse ao governo do Estado”, disse.
A Administração Municipal também quer de volta o terreno onde está o Cemai, que já pertenceu ao município. Trata-se de um processo de retrocessão. A área, onde estão os prédios do Cemai e do Cerest foi doada ao Estado. Agora, antes de retornar ao patrimônio da Prefeitura, será necessário fazer o desmembramento. A medida, no entanto, precisa da aprovação da Assembleia Legislativa.
Para o secretário, o encontro com Arita Bergmann foi positivo e a expectativa é de que os pleitos sejam atendidos, em um curto espaço de tempo. “Sabemos que a situação do Estado é difícil, mas saímos deste primeiro encontro muito confiantes de que o governo vai fazer todo o esforço possível para honrar seus compromissos. E de nossa parte seguimos com o firme propósito de manter a qualidade do nosso atendimento”.
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Medicamentos
Conforme a Prefeitura, a secretária também sinalizou a normalização dos repasses de medicamentos da Farmácia do Estado. A lista de 34 medicamentos faltantes em Santa Cruz do Sul caiu para 20. Segundo ela, o abastecimento deve voltar ao normal até o mês de abril. O Estado vai abrir uma negociação com os laboratórios licitados para quitar parte da dívida com os fabricantes.
Também esta semana, fórmulas de dietas especiais, que estavam em falta, serão entregues. Já com relação às fraldas, a partir do próximo mês a secretaria vai dar início à reposição. Este mês o prefeito Telmo Kirst determinou uma compra emergencial e autorizou a suplementação de R$ 150 mil no orçamento da Saúde. Somente neste item, o Estado acumula uma dívida de R$ 10 milhões com os municípios.
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Medicamentos em falta na farmácia do Estado no mês de janeiro:
Ambrisentana: tratamento da hipertensão arterial pulmonar (HAP)
Atorvastatina: colesterol
Azatioprina: imunossupresor usado por transplantados, doenças reumatológicas como artrite reumatoide, Lupus, Retocolite,
Bezafibrato: hiperlipidemias, hipertrigliceridemias
Brimonidina colírio: glaucoma e hipertensão ocular
Calcitonina: osteoporose, Doença de Paget,
Ciclosporina: transplantados, síndrome nefrótica, artrite reumatoide, psoríase.
Daclastasvir: hepatite C
Gabapentina: Epilepsia, dor neuropática.
Genfibrozila: tratamento de dislipidemias.
Miglustate: Doença de Gaucher do tipo 1 leve a moderada para as quais a terapia de substituição enzimática é considerada inadequada. Tratamento das manifestações neurológicas progressivas em pacientes adultos e pediátricos com doença de Niemann-Pick tipo C.
Morfina: analgésico potente
Octreotida: tumores neuroendócrinos.
Olanzapina: esquizofrenia.
Raloxifeno: indicado para prevenção e tratamento da osteoporose em mulheres após a menopausa e também para a redução do risco de câncer de mama em mulheres na pós-menopausa com osteoporose.
Risperidona 2mg: esquizofrenia, transtorno bipolar
Rituximabe: linfoma não-Hodgkin, artrite reumatoide, leucemia linfoide crônica
Sofosbuvir: hepatite C
Formula 100% aminoácidos livres para lactentes: leite para bebês com alergia a proteína do leite.
Sertralina: antidepressivo.
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