A expectativa é boa para a próxima safra de verão no Rio Grande do Sul, em especial para as culturas do feijão e do milho na região do Vale do Rio Pardo. As primeiras estimativas para a produção do cultivo 2023/2024 foram divulgadas pela Emater durante a Expointer, em Esteio. A entidade estima que o clima deve ajudar na produtividade, por causa do fenômeno El Niño. Na safra passada, as culturas sofreram com a estiagem.
A Regional da Emater/RS-Ascar de Soledade, que engloba o Vale do Rio Pardo, aponta que tanto o feijão como o milho devem ter redução de área. O plantio com feijão deve registrar queda de 2.855 hectares para 2.788 hectares. “É pouca diferença, mas a expectativa é de um maior rendimento na colheita – 1,6 mil quilos por hectare, se o clima colaborar”, afirma o engenheiro agrônomo Josemar Parise, extensionista rural da Emater de Soledade.
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O plantio de feijão já teve início na área que abrange os municípios do baixo Vale do Rio Pardo e deve ganhar força nos demais da região Centro-Serra e Alto da Serra do Botucaraí a partir deste mês. Grande parte do produto é para consumo próprio, mas muitos agricultores também cultivam o grão para fins comerciais.
A produção da próxima safra é estimada em 4,4 mil toneladas de feijão nas lavouras da região. O ponto alto para a colheita é previsto para janeiro do ano que vem.“Teremos uma colheita superior à última safra, que registrou uma quebra de 20%, por conta da estiagem. Neste ano, mesmo com redução do plantio, a quantidade deve ser maior, se o clima colaborar”, ressalta Parise.
Milho deve ter aumento de até 37% na produtividade
A cultura de milho terá o mesmo impacto do feijão no que se refere ao total de área cultivada na região da Emater de Soledade. O cultivo passará de 78.730 hectares para 73.475 hectares. No entanto, o engenheiro agrônomo Josemar Parise destaca que a produção deverá ser maior, em virtude do clima chuvoso.
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Apesar da redução de área plantada, a produtividade do milho em grãos está estimada em 5,3 mil quilos por hectare. “Isso representa um aumento de 37% em relação à safra passada, quando a colheita foi de 263 mil toneladas.Agora, a previsão é atingir 392 mil toneladas”, estima Parise.
De acordo com o engenheiro agrônomo, a semeadura do grão teve início em agosto e deve se estender ao longo dos próximos meses nos municípios da região. No baixo Vale do Rio Pardo, o plantio já atinge 15%. No Estado, a expectativa da Emater é de que a produção de milho seja 53% maior com relação à safra passada, passando de 3,9 milhões de toneladas para 6 milhões de toneladas.
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