A exportação de soja no Brasil, referente à safra 2018/19, deve ter de queda de aproximadamente 17%, em relação à safra passada, de acordo com a consultoria Safras & Mercados. Segundo o Observatório Agrícola- Acompanhamento da safra brasileira de grãos, as adversidades climáticas são um dos fatores que implicam na produção, e nessa safra ocasionou na redução da produtividade em importantes estados do país. A soja é uma das principais culturas produzidas na região Centro Serra.
A diretora da SC Cereais, Ana Rubria Ceolin, destaca que o preço da soja é instável e depende de vários fatores, como por exemplo, a cotação do dólar. “Os sojicultores não estão satisfeitos com o preço, eles esperam que a saca seja comercializada, pelo menos a R$80,00”, diz.
Jucelei Busato, 58 anos, morador de Lagoa Bonita do Sul, iniciou sua produção de soja em 1978. Atualmente sua produção engloba aproximadamente 3.000 hectares de terra, distribuídas em cinco cidades da região: Lagoa Bonita, Passa Sete, Sobradinho, Lagoão e Cachoeira do Sul. O sojicultor conta com o apoio de seus três filhos, seu genro e mais oito empregados para dar conta da demanda de trabalho. Ele destaca que não está satisfeito com o preço da soja e que comercializou somente 20% da sua produção.
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Em relação ao momento certo para a comercialização, Busato aponta que é preciso estar atento ao mercado: “Existe a possibilidade de aumentar o preço, a tendência não é mais de queda, não dá para vender só em uma época, é preciso fazer várias vendas para se conseguir uma boa média, e aproveitar quando o preço está adequado”.
O gerente comercial agrícola, Elizeu Sulzdach da Granol de Cachoeira do Sul, destaca que agora o “período crítico” está passando, quando os Estados Unidos, o maior produtor de soja realiza a plantação, e o mercado fica agitado diante de qualquer informação negativa que possa prejudicar o cultivo. “Agora com o final da janela de plantação nos EUA é que o mercado vai ficar mais na expectativa, até final de setembro, quando começar a plantação aqui no Brasil”, explica Elizeu.
As principais dificuldades encontradas para a produção da soja, como afirma Jucelei, é em relação ao clima, as doenças e as pragas que podem atacar as lavouras. Ele ressalta a importância de tratar o solo após a colheita. “A gente faz a análise do solo, fizemos uma adubação de acordo com a análise, corrigimos com calcário, fizemos uma boa palhada e usamos a rotação de cultura”, conclui.
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