A expectativa de vida no Vale do Rio Pardo alcançou 77,20 anos em 2020, segundo um estudo divulgado nessa terça-feira, 26, pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE). O indicador segue abaixo da média do Rio Grande do Sul (77,45), mas essa diferença vem caindo nos últimos anos.
Elaborado com base em dados de mortalidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e estimativas populacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estudo leva em consideração a divisão territorial dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). No caso do Vale do Rio Pardo, são 23 municípios abrangidos. O índice apontado é bem inferior ao de regiões como Nordeste e Norte, que apresentaram os melhores resultados.
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Segundo a coordenadora do estudo, Marilene Dias Bandeira, o resultado de cada região é influenciado por “fatores socioeconômicos e culturais” e reflete aspectos como perfil da população, índice de qualidade de vida e equipamentos urbanos. Ela alerta, porém, que municípios de uma mesma região podem ter realidades distintas. Santa Cruz, por exemplo, aparece bem posicionado no Índice de Desenvolvimento Socieconômico (Idese), que considera, entre outros, indicadores de saúde, enquanto outras localidades aparecem no fim do ranking.
Por outro lado, na última edição do Idese, divulgada em janeiro deste ano, um dos piores desempenhos de Santa Cruz foi justamente em óbitos por causas evitáveis. Além disso, estatísticas divulgadas em junho pela Secretaria Estadual da Saúde indicaram que a região tem o maior índice de mortalidade infantil do Rio Grande do Sul. Marilene ainda observa que o Vale do Rio Pardo subiu da 21ª para a 18ª posição entre as 28 regiões. A diferença para a média estadual, que era de 0,59 ano em 2018, caiu para 0,25 no ano de 2020.
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Os números também apontam o impacto da pandemia nos índices de mortalidade. Em 2020, as doenças infecciosas e parasitárias, grupo que inclui a Covid-19, passaram do nono para o terceiro lugar entre as causas de morte entre os gaúchos. Ao todo, a Covid respondeu por 10% dos óbitos no Rio Grande do Sul – foram 9,2 mil vítimas em um total de 92,7 mortes registradas naquele ano – e 81% das vítimas tinham mais de 60 anos. Não fosse a pandemia, a expectativa de vida da população gaúcha chegaria a 78,48 anos, segundo o estudo.
O levantamento ainda indicou que a expectativa de vida dos homens é cerca de sete anos menor que a das mulheres, diferença que se manteve semelhante ao longo da última década. De acordo com Marilene, um dos principais motivos para esse abismo é que os homens, sobretudo jovens, morrem mais por causas externas – o que inclui, por exemplo, homicídios e acidentes. Na prática, porém, a população masculina tem índices maiores em todas as quatro principais causas de mortes.
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As estimativas do IBGE que serviram de base para o estudo apontam que a população do Rio Grande do Sul chegou em 2020 a 11,4 milhões de pessoas. É um aumento de pouco mais de 500 mil habitantes em relação a 2010, quando a população era de 10,9 milhões. Um dos aspectos que chamam a atenção é o envelhecimento.
Ao longo da década, a participação da faixa populacional com idade inferior a 15 anos caiu de 21,4% para 18,2%. Em contrapartida, a participação do segmento com 60 anos ou mais saltou de 13,6% para 18,8%. Em números absolutos, a população mais jovem passou de 2,3 milhões para 2 milhões (257,5 mil pessoas a menos), enquanto a mais velha passou de 1,4 milhão para 2,1 milhões (663,9 mil pessoas a mais).
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