Regional

Expectativa de vida ao nascer no Rio Grande do Sul alcança 76,38 anos em 2021

Em 2021, a expectativa de vida ao nascer no Rio Grande do Sul chegou a 76,38 anos, uma redução de 1,07 anos em relação ao número registrado no Estado em 2020. Os resultados indicam a primeira redução nos números, entre um ano e outro, desde 2010, quando teve início a série histórica, e mostram o impacto direto dos óbitos registrados por conta da Covid-19.  

As informações do estudo Indicadores de mortalidade para o RS e seus Conselhos Regionais de Desenvolvimento – 2010-21, produzido pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG), mostram que as doenças infecciosas e parasitárias, categoria da Covid-19, foram a principal causa de óbito entre os moradores do Rio Grande do Sul em 2021, responsáveis por 26,4% do número total de 117.722 óbitos. Em 2020, elas foram a terceira principal causa de mortes no Estado e, em 2019, ocupavam o nono lugar.

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As informações para o estudo, elaborado no DEE/SPGG pela pesquisadora Marilene Bandeira, foram obtidas a partir de dados do próprio DEE/SPGG, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DataSUS) – vinculado ao Ministério da Saúde, e da Secretaria de Saúde do Estado. Para as projeções populacionais, foram consideradas as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2021. O número total de mortes no ano foi 26,9% maior do que o registrado em 2020.

“A mudança do perfil da mortalidade por causa da Covid-19 foi mais intenso ainda em 2021, quando comparado com os anos anteriores. Em 2020, tivemos os primeiros impactos dos óbitos por Covid-19 na expectativa de vida, mas em 2021 tivemos o ápice desses números”, ressalta a pesquisadora.  

Principais causas de mortes

Em uma projeção realizada no estudo, caso as mortes por doenças infeccionas e parasitárias fossem excluídas do cálculo, a expectativa de vida ao nascer no Estado seria de 78,33 anos, 1,95 anos mais do que o número final. O material elaborado pelo DEE/SPGG aponta ainda para a manutenção da diferença de 7 anos na expectativa de vida ao nascer entre homens e mulheres no Rio Grande do Sul. Para as mulheres, a estimativa chegou a 79,88 anos em 2021, enquanto para os homens foi de 72,86 anos.    

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Seguindo as doenças infecciosas e parasitárias, as doenças do aparelho circulatório ocuparam a segunda colocação entre as causas de mortes no Estado em 2021, com 19,8% do total, seguidas das neoplasias (câncer), com 16,9%, das doenças do aparelho respiratório (7,1%) e de causas externas (6,5%). Entre a população de um a 34 anos de idade, as causas externas, como homicídios, acidentes de transporte, suicídio e quedas, ocupam a primeira posição como principais causas de morte. A partir dos 35 até 79 anos, as doenças infecciosas e parasitárias tornam-se as líderes.  

Resultados por regiões

A expectativa de vida média ao nascer entre as 28 regiões dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul (Coredes) também está contemplada no estudo do DEE/SPGG. A diferença entre a maior e a menor estimativa de expectativa de vida ao nascer nos Coredes é de 5,01 anos.  

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Os dados indicam que em 2021 uma pessoa da região do Corede Norte, que engloba a região de Erechim, tinha expectativa de viver 79,66 anos, a mais alta do Estado. Na sequência vinha o Corede Nordeste, que engloba municípios como Lagoa Vermelha e Machadinho, com 79,34 anos, e Vale do Jaguari, que inclui Santiago e Cacequi, com 79,11 anos. Os Coredes das regiões da Campanha (74,65 anos), Vale do Rio dos Sinos (74,66) e Fronteira Oeste (74,69) registraram os menores números.      

Coredes

Os Coredes foram criados oficialmente pela Lei 10.283/1994 e são um fórum de discussão para a promoção de políticas e ações que visam ao desenvolvimento regional. Atualmente, o Estado conta com 28 Coredes, que são espaços para promoção do debate e elaboração de diagnósticos sobre a realidade local e formulação e implementação de políticas de desenvolvimento integrado das regiões.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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