Infelizmente, a medicina atual não salva a todos. Nem os centros mais avançados do mundo, com todos os recursos disponíveis, são capazes de impedir que as pessoas morram pelas mais variadas causas. Além de causas externas, como homicídios, traumas, afogamentos, suicídio, entre outros, existem centenas de doenças que podem levar o ser humano ao óbito, em todas as idades.
Doenças infecciosas, inflamatórias, metabólicas, circulatórias, cardíacas, neurológicas, neoplásicas, entre tantas outras, matam dezenas de milhões mundo a fora todos os anos. Desde países pobres e miseráveis até potências mundiais muito ricas. Cada uma dessas doenças tem uma taxa de mortalidade, e elas diferem muito. Esse cálculo pode ser feito de várias formas, usando o número total de habitantes de um país, estado ou região, utilizando somente as pessoas que têm ou tiveram determinada doença e se comparando as pessoas que vieram a óbito.
O cálculo da taxa de mortalidade auxilia as políticas públicas de saúde no intuito de otimizar os investimentos a tal modo de proteger e salvar o maior número de vidas possíveis com os escassos recursos disponíveis.
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Atualmente, no Brasil, temos 37 mil mortes por Covid. Número terrível de vidas humanas que pereceram diante do quadro infeccioso. Na maciça maioria desses, com idade avançada e em presença de mais de uma outra doença préexistente, como obesidade, diabetes, doença pulmonar ou cardíaca. A taxa de mortalidade da Covid é de 17 mortes a cada 100 mil habitantes.
Felizmente, há indícios de que o vírus não infecta a todos e é pouco letal. Se presume que a taxa de mortalidade geral da Covid seja entre 0,1% e 0,05%. Se projetarmos essa taxa na população brasileira, de 210 milhões de habitantes, isso leva a número entre 105 e 210 mil mortes durante todo o ciclo pandêmico no Brasil, independente de isolamento social ou não. Número absoluto horrendo, mas já morreram neste ano 550 mil pessoas no Brasil, e todos os anos temos em torno de 1,2 milhão de óbitos pelas mais variadas causas.
O distanciamento social imposto por decreto nunca foi para impedir o contágio, e sim para evitar o colapso do sistema. Até o presente momento, no Brasil, todas as mortes ocorreram sem faltar leito de UTI ou assistência médica. Os pacientes tiveram a oportunidade de ter acesso a tratamento, sem superlotação ou esgotamento da rede. Talvez alguns não o tiveram pelo medo de sair de casa, propagado pela mídia. Ou seja, todas as mortes foram pelo vírus e não por falha de gestão, seja federal, estadual ou municipal. Querer atribuir mortes a quem quer que seja, que não ao vírus, é estupidez ideológica ou ignorância.
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Quando se fala em óbitos, nunca temos êxito. Mas precisamos entender que, infelizmente, há e sempre haverá mortes. Minha e sua. Mas, por Covid, pouco provável. Então, a vida deve continuar e ser vivida. Com prudência e cuidados.
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