Os produtores de fumo Burley de Arroio do Tigre e da região Centro Serra estão cada vez mais preocupados com o excesso de umidade. Mais de 90% das lavouras já foram colhidas. Os pés do tabaco estão pendurados nos galpões para secagem.
De acordo com consultor técnico em agropecuária, José Francisco Telöken, a preocupação é com o clima que não da trégua, pois os primeiros 15 dias de janeiro, a média da umidade relativa do ar ficou em mais de 80%. “É muita umidade. As previsões preocupam mais ainda. O excesso de umidade vai continuar. Com isso, a secagem do fumo está sendo afetada e consequentemente prejudicará a qualidade do Burley. Poderá ficar ardido, como dizem os produtores, sem valor comercial”, explica Telöken.
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O agricultor de Linha Ocidental, interior de Arroio do Tigre, Alfredo Valacir Silveira, 46 anos, disse que terá prejuízos. “Está péssimo. É muita chuva. Com certeza teremos perda na qualidade. Mais uma vez nós agricultores, depois de uma safra e de muito trabalho, não vamos ter os resultados esperados”.
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Arroio do Tigre é o maior produtor de fumo Burley do Brasil, com uma área aproximada de três mil hectares.