As condições meteorológicas têm sido prejudiciais a diversas culturas na região, entre elas a citricultura, que engloba a bergamota, a laranja e o limão. Além da estiagem que comprometeu o desenvolvimento das frutas, o excesso de chuvas no período da floração, em setembro passado, também contribuiu para o volume da safra ficar abaixo do esperado. O técnico agrícola da Emater/ RS-Ascar, Vilson Piton, informou que a quantidade e a qualidade das frutas estão muito aquém do normal. “A falta de chuva prejudicou a qualidade e o desenvolvimento das frutas, que estão um pouco menores.”
Em Santa Cruz do Sul, a produção, que ocorre em área de nove a dez hectares, neste ano será inferior à safra passada. Sem informar os números, dado que a colheita se estende até julho, o técnico agrícola adiantou que deverá ocorrer uma quebra significativa. No entanto, o preço não deverá ter alteração. “O preço talvez se mantenha o mesmo em função do tamanho da fruta. No entanto, se houver menor disponibilidade do produto e aumento da procura, o valor ao consumidor poderá ter aumento. Ainda mais se a bergamota tiver de ser trazida de outra região”, afirmou Vilson Piton.
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Na propriedade do produtor João Valdir Huberto Etges, em Travessa Kipper, interior de Santa Cruz do Sul, a colheita da bergamota Satsuma, a mais precoce das frutas cítricas, teve início em março e segue até junho. Com os pés bastante carregados, a espécie foi a que mais rendeu frutos. No entanto, as bergamotas Ponkan e Montenegrina, que são mais tardias e têm maior aceitação no mercado, tiveram quebra significativa, em torno de 70% em comparação com o ano passado.
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“Em anos anteriores, chegava a colher cerca de 20 toneladas de frutas, e agora acho que vai render apenas uns quatro mil quilos.” Etges avalia que é a pior safra desde 2008, quando iniciou a plantação. “No ano passado, estávamos neste período com praticamente todas as árvores carregadas. E, agora, apenas a bergamota Satsuma vai render. As demais estão com poucas frutas. Esta, sem dúvida, é a pior safra que tive.”
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