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Exames preventivos

Gosto de compartilhar com os leitores as minhas atividades que acontecem no dia a dia. Se acontecer algo pitoresco comigo, fico mais à vontade para escrever sobre o assunto. Depois dos 70 anos devemos tornar a vida mais leve, menos estressante, apesar de podermos ser surpreendidos por uma doença que poderia ser prevenida precocemente. 
Tenho amigos que ainda carregam o tabu de fazer o exame de próstata por toque, que é o procedimento mais seguro para descobrir algum problema nesse importante órgão masculino, uma das doenças que mais levam os homens a óbito. As campanhas de prevenção e conscientização realizadas são intensas. A mulher é muito mais responsável que o homem, quando se trata de fazer exames periódicos do câncer de mama.

Tenho diabetes, que surgiu depois dos 50 anos. Tomo remédios e fecho a boca para alimentos que agravam esse problema. Sou seletivo no momento da refeição. Diariamente, faço o exame de sangue em jejum. Tornou-se hábito e sei o que comi errado no dia anterior.

Só não abro mão da minha cerveja. Faz parte do meu tratamento, brinco com a médica, dra. Anelise, que insiste que diminua meu consumo para a metade. Pergunto: se meus índices baixos que aparecem nos exames gerais estão bons, por que não posso continuar com meu tratamento paralelo? Consulta leve e descontraída entre a médica e o paciente teimoso!

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Na consulta anterior, a doutora aconselhou-me que fizesse três exames: cardiologista, urologista e proctologista. Saí incólume nos dois primeiros. O coração funciona como um relógio e a próstata é igual à de um guri. Fiquei feliz com os resultados.

Finalmente, fiz meu último exame preventivo, a colonoscopia, sob o comando do dr. Inácio. A pior parte é a dieta na base de líquidos e remédios nos três dias que antecedem o procedimento no hospital. 

No dia do exame, tive que acordar às 5 horas da manhã e ingerir dois litros de água, misturados com um laxante, especialmente preparado pela farmácia. Imaginem minhas corridas ao banheiro. Ainda bem que ninguém assistiu às cenas. O intestino grosso deveria estar vazio e lavadinho. 

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Quando cheguei ao hospital, levaram-me numa sala e me deram para vestir uma bermuda verde. Parecia até que iria participar de manifestação pró Bolsonaro. Na parte traseira, havia uma espécie de janela sobreposta. Até pensei que pudesse ser amarela. Seria um autêntico patriota indo para a sala de cirurgia. E lá fui eu, escoltado pela enfermeira. 

Depois de sedado, não vi e não senti mais nada. Ainda bem. O médico deve ter destampado a janela da bermuda e… Acordei na sala de recuperação. O resultado do exame foi ótimo, porém o dr. Inácio me disse que é raro, mas tenho um intestino grosso maior que o normal. Não conseguiu chegar ao fim. Descobri a causa da minha barriga avantajada. Menos mal, não é da cerveja.

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