Ex-vereador Mathias Bertram deve ser aposta do PL para a Prefeitura em 2024

Após a formalização da filiação da família Moraes no PL, o partido já começa a se articular para as próximas eleições – tanto deste quanto a de 2024, quando serão escolhidos prefeito e vereadores. Nessa terça-feira, 22, além do ex-deputado Sérgio Moraes, do deputado federal Marcelo Moraes e da deputada estadual Kelly Moraes, outros nomes da política santa-cruzense também migraram ao PL. É o caso de Marco Borba, que presidiu o PTB por mais de 15 anos no município.

Com Borba na presidência, o grupo dos Moraes vai assumir o controle do PL em Santa Cruz. O primeiro passo será encaminhar as filiações. Entre os quadros que já confirmaram que acompanharão a migração estão os ex-vereadores Neri Siqueira e Núbia Bruch e a ex-secretária Eliana Giehl. Atuais parlamentares e suplentes, porém, só poderão trocar em março de 2024, quando será aberta a “janela partidária”.

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Nos últimos dias, os Moraes também se dedicaram a articular a transferência em nível de região. Ao todo, foram 12 encontros. Em municípios como Venâncio Aires, Vera Cruz, Rio Pardo, Sinimbu e Candelária, os dirigentes já confirmaram que irão seguir a família. Nomes tradicionais, como o ex-prefeito de Rio Pardo Joni Lisboa da Rocha, também confirmaram que vão para o PL. Em localidades que são redutos eleitorais mais relevantes do deputado federal Giovani Cherini – que era presidente estadual do PL e agora passará o cargo para Lorenzoni –, a tendência é de que haja uma negociação para compor as executivas.

Segundo Sérgio, a adesão entre os correligionários tem surpreendido o grupo. O ex-deputado projeta que o grupo vai “no mínimo, dobrar” a força com a migração, devido a fatores como tempo de televisão e rádio e a popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

“O nome sempre foi o Mathias”, diz Sérgio sobre 2024

Atualmente, o PL integra a coligação que sustenta o governo Helena Hermany (Progressistas) e é o partido do vice-prefeito Elstor Desbessell. Com a chegada dos Moraes, porém, a sigla passará para a oposição. Elstor deve anunciar a desfiliação nos próximos dias e já recebeu convites de pelo menos seis siglas, incluindo o Progressistas, que é considerado o destino mais provável.

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O ex-deputado Sérgio Moraes também garantiu que o PL terá candidato próprio a prefeito em 2024. Questionado sobre quem considera o nome mais forte, indicou que o ex-vereador Mathias Bertram, que foi segundo lugar em 2020, com 17,9 mil votos, deve disputar novamente o cargo. “O nome sempre foi o Mathias. Acredito que continuará sendo”, afirmou.

PTB perde protagonismo de três décadas

Em entrevista ao podcast Panorama Gazeta em outubro de 2020, o historiador Olgário Vogt explicou como o PTB se consolidou como potência política em Santa Cruz. Segundo ele, após o fim do bipartidarismo imposto pelo regime militar por mais de uma década, siglas como PT, MDB, PDT e PTB passaram a disputar o voto da população das periferias.

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Em Santa Cruz, quem assumiu a frente da oposição à antiga Arena (hoje, Progressistas) foi o PTB, a partir da liderança de Sérgio Moraes. Sérgio ingressou na política em 1982, quando se elegeu vereador pelo PMDB e, em 1988, reelegeu-se com votação expressiva pelo PSB. A migração para o PTB se deu na esteira do fenômeno Sérgio Zambiasi: Sérgio se elegeu deputado estadual em 1990, carregado pela votação do radialista.

Conforme Vogt, a partir de 1992, quando concorreu pela primeira vez a prefeito, Sérgio despontou como principal alternativa aos progressistas. “Ele se credencia a partir de então a ser o grande líder de oposição em Santa Cruz”, explicou Vogt. Já em 1996, elegeu-se para a Prefeitura, quebrando uma hegemonia de décadas do grupo adversário. Desde então, o PTB governou o município por três mandatos (dois de Sérgio e um de Kelly Moraes) e sempre disputou voto a voto os pleitos com o Progressistas, além de manter forte presença na Câmara de Vereadores e de sempre eleger representantes para a Assembleia Legislativa e Câmara Federal. Em paralelo, expandiu-se na região, formando redutos relevantes em municípios como Rio Pardo, Venâncio Aires, Vera Cruz e Candelária.

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Carina Weber

Carina Hörbe Weber, de 37 anos, é natural de Cachoeira do Sul. É formada em Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e mestre em Desenvolvimento Regional pela mesma instituição. Iniciou carreira profissional em Cachoeira do Sul com experiência em assessoria de comunicação em um clube da cidade e na produção e apresentação de programas em emissora de rádio local, durante a graduação. Após formada, se dedicou à Academia por dois anos em curso de Mestrado como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Teve a oportunidade de exercitar a docência em estágio proporcionado pelo curso. Após a conclusão do Mestrado retornou ao mercado de trabalho. Por dez anos atuou como assessora de comunicação em uma organização sindical. No ofício desempenhou várias funções, dentre elas: produção de textos, apresentação e produção de programa de rádio, produção de textos e alimentação de conteúdo de site institucional, protocolos e comunicação interna. Há dois anos trabalha como repórter multimídia na Gazeta Grupo de Comunicações, tendo a oportunidade de produzir e apresentar programa em vídeo diário.

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