O ex-presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), Eugenio Figueredo, 83 anos, envolvido no caso de corrupção da Fifa, chegou nesta quinta-feira, 24, ao Uruguai, sua terra natal, onde será processado por fraude e lavagem de dinheiro, informou o promotor Juan Gómez.
O voo procedente de Madri, na Espanha, onde Figueredo fez escala, pousou às 11h30 local (meio-dia e meia de Brasília). O dirigente foi levado diretamente para um tribunal. As acusações de fraude e lavagem de dinheiro levaram a Justiça uruguaia a pedir a extradição do ex-dirigente após a explosão dos escândalos de corrupção que abalam a Fifa.
A Justiça suíça deu prioridade ao Uruguai sobre os Estados Unidos, que também solicitara a extradição. O ex-dirigente da Fifa, que estava preso em Zurique desde maio, enfrenta no Uruguai um processo aberto por um sindicato de jogadores, que alegou prejuízos econômicos.
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Figueredo, enquanto presidente da Conmebol, teria concedido direitos televisivos de torneios sul-americanos a um prestador que realizou uma oferta econômica inferior a outra que estava na concorrência. “Vamos pedir à Justiça, que logo decidirá, o processo por fraude e lavagem de dinheiro”, disse o promotor Juan Gómez. “Temos elementos suficientes, do contrário não teríamos solicitado a extradição”, concluiu.
As penas previstas no código penal uruguaio para os delitos atribuídos a Figueredo vão de dois a 15 anos de prisão, mas a defesa pretende solicitar a possibilidade de prisão domiciliar, prevista na legislação local para pessoas com mais de 70 anos.
Figueredo foi vice-presidente da Conmebol entre 1993 e 2013, ano em que assumiu o cargo de presidente, e comandou a AUF (Associação Uruguaia de Futebol) entre 1997 e 2006. Também foi um dos vice-presidentes da Fifa.
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