ATUALIZADO ÀS 7h55
A Polícia Federal deflagra a 34ª fase da Operação Lava Jato – denominada de Arquivo X – na manhã desta quinta-feira, 22. Mandados são cumpridos nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. O alvo da ofensiva é o ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, que foi preso temporariamente em São Paulo.
São cumpridos seis mandados de busca e apreensão na Capital paulista e um em Sorocaba, além de mais dois de prisão. Cerca de 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo as determinações em diversas cidades do País. O ex-ministro será levado ainda nesta quinta para Curitiba, sede das apurações da Lava Jato. Mantega recebeu voz de prisão logo cedo no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava uma cirurgia da mulher, que luta contra um câncer.
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Mantega é suspeito de cobrar propinas no esquema de corrupção da Petrobras. O negócio investigado é o contrato para duas plataformas de exploração de petróleo P-67 e P-70, para as camadas do pré-sal, de consórcio formado pelas empresas Mendes Junior e OSX.
A OSX, que tinha o empresário Eike Batista como presidente do Conselho de Administração, foi alvo da ação. O nome da operação, “Arquivo X”, é uma referência ao grupo do Eike, cujas empresas traziam o X nas logomarcas. Não há mandados contra o empresário
Em depoimento ao MPF, Eike declarou que, em 1º de novembro de 2012, recebeu pedido do então ministro Guido Mantega para que fizesse um pagamento de R$ 5 milhões ao PT. Para operacionalizar o repasse da quantia, o executivo da OSX foi procurado e firmou contrato ideologicamente falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes.
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Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em 19 de abril de 2013 foi realizada transferência de US$ 2.350.000,00, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários.