Um ex-funcionário da Prefeitura de Vera Cruz foi preso na manhã desta quinta-feira, 2, em sua própria casa, na Rua Olavo Bilac, Loteamento Hirsch, Bairro Arco-íris, em operação deflagrada em conjunto pela Polícia Civil e Brigada Militar.
Francisco Roque da Silva, de 64 anos, foi condenado a 22 anos, nove meses e 25 dias pelos crimes de peculato (quando o funcionário público, em razão do cargo, se apropria ou desvia o bem em benefício próprio) e inserção de dados falsos em sistemas de informação (quando se aproveita de seu acesso a banco de dados de órgãos públicos e insere informações falsas para obter vantagem ou beneficiar outra pessoa).
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A Gazeta do Sul teve acesso exclusivo ao mandado de prisão definitiva expedido pela juíza Fernanda Rezende Spenner contra Silva. Conforme o Ministério Público (MP), os delitos teriam acontecido entre os anos de 2011 e 2013, quando o condenado era funcionário do setor de Tesouraria da Prefeitura. O caso, que gerou ampla repercussão em Vera Cruz na época, com sindicância interna na Prefeitura e investigação da Polícia Civil, gerou uma denúncia do MP e um processo.
Recentemente, as condenações para o ex-servidor, já aposentado, começaram a transitar em julgado. “As pessoas pagavam tributos e contas e ele acabava embolsando o dinheiro. Em outros casos, ficou comprovado que ele lançava quitações de débitos de valores que não entravam nos cofres públicos. Tem muitos fatos semelhantes. Até guias frias, que se assemelhavam muito às da Prefeitura, ele forneceu.
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Muitos contribuintes confirmaram ter entregue valores para ele e depois terem sido cobrados das dívidas”, comentou a promotora Maria Fernanda Cassol Moreira, autora da denúncia. Em análise realizada pela Prefeitura entre o que foi lançado nos sistemas e o que ingressou nos cofres públicos, foi apontado que em muitos lançamentos que Francisco fez os valores não entravam.
“O que se verificou quando foi feito o cotejo pela Prefeitura era que ele lançava quitações e pagamentos e na verdade o dinheiro não entrava”, salientou a promotora de Justiça. Não se tem ideia do valor total que o homem pode ter se apropriado.
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“Por exemplo, a pessoa tinha um parcelamento, ele afirmava para ela que tinha sido quitado e na verdade não tinha lançamento do valor para a Prefeitura, o que ocasionava em apontamentos de dívidas para os contribuintes”, complementou Maria Fernanda Cassol Moreira. Após a prisão e registro na Delegacia de Polícia de Vera Cruz, os policiais civis e militares conduziram o preso ao Presídio Regional de Santa Cruz do Sul.
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